A Inteligência Artificial, recentemente popularizada por ferramentas como o ChatGPT ou o Google Bard, traz muitos benefícios aos seus utilizadores. Mas a grande questão que se tem colocado é se estas ferramentas sabem distinguir o certo e o errado.
Num recente estudo, a Check Point Software descobriu que alguns cibercriminosos estão a usar a Inteligência Artificial para treinar membros menos experiências. Assim, estes realizam atividades maliciosas, melhoram e aperfeiçoam malware e automatizam os seus ataques.
A fonte revela quatro atividades que os cibercriminosos estão a fazer uso da Inteligência Artificial para atividades maliciosas. Abaixo partilhamos as vantagens que estes conseguem obter através das mesmas.
1. Não são necessárias habilitações nem experiência
A facilidade de utilização, que permite que mais utilizadores realizem atividades maliciosas, incluindo potenciais cibercriminosos que podem não ter tido as competências necessárias para começar. Assim, nos últimos meses, surgiram novos pequenos grupos de cibercriminosos capazes de realizar ciberataques mais sofisticados graças às opções que encontraram nesta nova tecnologia.
2. Melhorar os ciberataques
2 O facto de estar disponível num modelo de acesso livre e ilimitado, faz com que os atacantes aproveitem a rapidez e a precisão desta ferramenta para criar códigos maliciosos e ciberataques, assim como campanhas de phishing.
As ferramentas de IA podem gerar conteúdos praticamente idênticos ou muito difíceis de detetar. Além disso, os modelos de aprendizagem autónoma destas ferramentas permitem-lhes não só responder a perguntas, mas também criar todo o tipo de conteúdos (imagens, vídeos ou mesmo áudios).
3. A introdução de ciberataques automatizados
Esta tecnologia levou a um aumento significativo da utilização de bots e sistemas automatizados para efetuar ataques online, permitindo que os cibercriminosos sejam mais bem-sucedidos. Em relação ao ano passado, o aumento de ciberataques é já de 38%.
4. Ferramentas de inteligência artificial clonadas
Mesmo com a resposta rápida dos programadores, que estão a atualizar os bugs na linguagem, os cibercriminosos encontraram formas rápidas de contornar as restrições. Tal como a fonte refere, no início deste ano os criminosos já vendiam as suas próprias APIs ChatGPT.
Além disso, o lançamento do ChatGPT 4.0 veio com a identificação de uma nova campanha para roubar e vender contas premium, concedendo acesso total e ilimitado às novas funcionalidades da ferramenta.
A IA é seguramente o futuro, e traz aos utilizadores muitas vantagens. Mas cada vez mais devemos estar atentos, pois esta traz novos perigos potenciais.
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