A Google lançou recentemente o seu primeiro relógio inteligente, o Google Pixel Watch, de modo a competir com a Apple no segmento dos wearables e a completar o seu portefólio de produtos. Fê-lo também para dar aos smartphones Google Pixel 7 um novo complemento, tal como a tecnológica de Cupertino faz com os seus iPhone e Apple Watch.
Porém, ao abrir ambos os produtos, equiparáveis e contemporâneos, as diferenças na qualidade de construção e sobretudo na engenharia são gritantes.
Apple Watch: mestria e ordem no exterior, bem como no interior
A experiência pode ser descrita como a de abrir um excelente Omega, ou Seiko (sem ousar comparações com a alta relojoaria) face a uma imitação barata. Comparar o encaixe preciso de uma maquinaria suíça ou japonesa, a algo repleto de cola para "manter tudo no sítio".
Ainda que exteriormente ambos os produtos sejam extremamente elegantes, cada qual com a sua filosofia de design. Assim, no caso da Google, o tradicional mostrador redondo e no da Apple, o seu look angular, no interior são diametralmente opostos.
A descoberta foi feita pela equipa da iFixit, empresa norte-americana especializada na reparação de equipamentos e dispositivos móveis. Mais recentemente, a sua atenção repousou nos novos werables a chegar ao mercado.
Google Pixel Watch: a cola é quem mais ordena
Face ao exposto, torna-se doloroso tampouco comparar um produto a outro. Onde o Apple Watch (neste caso o modelo Ultra) segue religiosamente o ordenamento exterior para o interior, com a mesma mestria de engenharia, organização e "limpeza" interior, bom, as imagens falam por si.
O interior do Google Pixel Watch apresenta-se muito mais simples e com menor organização. Temos uma bateria visível ao olho nu, sem mais proteção e bastante cola a manter tudo no local.
Interior dos relógios inteligentes é muito diferente
Apesar da construção aparentemente simples, o preço do Google Pixel Watch não é propriamente acessível. Em comparação, o Apple Watch é caro, mas sempre o foi. Tal como aponta a iFixit, levantam-se algumas preocupações com a durabilidade do produto.
Porém, ao desmontar o produto o cuidado e atenção dado pela marca à organização interna é louvável, facilitando também a reparação de vários componentes com a sua ideologia modular.
Pixel Watch é o primeiro smartwatch da Google
Em justaposição temos o Apple Watch, com componentes internos firmes, com proteção e bem ordenados. As diferenças espelham bem a experiência da Apple neste segmento, bem como o seu inerente perfecionismo.
Porém, a principal preocupação da iFixit é a facilidade de reparação e intervenção num dispositivo móvel. Aqui, o Apple Watch é o vencedor com construção modular e facilidade em desprender cabos de ligação.
Já no Pixel Watch, é preciso forçar ligeiramente a bateria que se apresenta despida de proteção. Ora, é algo que nunca se recomenda, face ao risco de dado da célula energética.
Reparação do ecrã é a intervenção mais comum
Em suma, para as reparações de ecrã - dano mais comum - e possivelmente de bateria, os Apple Watch têm uma forte vantagem, já para não falar do cuidado extra com a ordem e construção dos componentes internos.
Por fim, recordamos que este é o primeiro relógio inteligente da Google, pelo que podemos esperar, pelo menos assim o desejamos, melhorias numa próxima iteração.
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