Apple e Samsung conseguem crescer num mercado de smartphones em queda

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 3 min.

A indústria e mercado de smartphones não está tão forte como outrora. Com efeito, desde a pandemia da COVID-19 que o mercado sofreu um revés, afetando as grandes fabricantes como a Samsung, Apple, Xiaomi, OPPO e Vivo, bem como as demais.

Porém, ao passo que a maioria das marcas de smartphones Android acabou por contrair, mesmo recentemente devido à inflação de mercado e escassez de componentes, fabricantes como a Apple conseguiu crescer. O segredo? O apelo dos novos Apple iPhone 14.

Apple e Samsung contrariam tendência de queda no mercado mobile

Apple iPhone 14

Os dados são agora avançados pela agência de análise de mercado Canalys, dando conta de uma quebra de 9% no volume de smartphones vendidos no 3.º trimestre de 2022, em comparação com o período homólogo de 2021.

Foi, aponta a Canalys, o pior trimestre para o mercado mobile desde o terceiro trimestre de 2014. Porém, este quadro pessimista não é de todo uma novidade face ao enquadramento referido aqui com sucessivas crises a afetar o "apetite" dos consumidores.

Perante todo um contexto sócio-económico desfavorável, a quebra nas vendas e procura por novos smartphones era expectável. Aliás, aponta a Canalys, os consumidores organizam as suas prioridades e um novo smartphone não é, objetivamente, um bem de primeira necessidade.

Crise e quebra nas vendas de smartphones prolongar-se-á em 2023

Global smartphone market fell 9% as consumers trim spending in Q3 2022. #Samsung kept its lead with a 22% share. #Apple recorded positive growth, thanks to resilient demand for #iPhones. #Xiaomi #OPPO #vivo held 14%, 10% & 9% shares, respectively. More- https://t.co/bPZWnaxfCg pic.twitter.com/LIEVv4U7Jn

— Canalys (@Canalys) 18 de outubro de 2022

Em primeiro lugar temos a sul-coreana Samsung, líder de mercado. A empresa conseguiu atingir os 22% de quota de mercado e, efetivamente, aumentar em 1% a sua quota face ao período homólogo de 2021, mantendo assim a liderança no setor.

Por outro lado, a Samsung apresenta dificuldades no segmento de topo. Ou seja, os consumidores não aderem tanto aos seus smartphones da linha Galaxy S e Galaxy Z como o fazem aos seus smartphones baratos da linha Samsung Galaxy A.

Desse modo, para tentar remediar a situação, a marca pode apresentar os Galaxy S23 mais cedo do que esperado, logo no arranque de 2023, de acordo com algumas fugas de informação.

Samsung, Apple, Xiaomi, OPPO e Vivo compõe o Top 5

Samsung, Apple, Xiaomi

Em segundo lugar, a Apple foi a empresa que mais cresceu de ano para ano. Com efeito, a empresa de Tim Cook aumentou de 15% para 18% a sua quota de mercado, muito em parte devido ao sucesso dos Apple iPhone 14 Pro. Já os modelos-base - iPhone 14 - não tiveram uma receção tão calorosa pelos consumidores, aponta a Canalys.

Não obstante, a gigante de Cupertino conseguiu reforçar seriamente a sua posição e o seu segundo lugar, com os iPhone a serem mais populares que nunca. O melhor de tudo? Este pico na popularidade regista-se nos modelos Pro, mais lucrativos para a empresa.

Xiaomi em terceiro lugar com 14% de mercado - Canalys

Em terceiro lugar temos a fabricante chinesa Xiaomi. Aliás, a fechar o Top 5 mundial temos três empresas chinesas, onde também se inclui a OnePlus, agora como parte integrante da OPPO. Assim, com as rivais a tornarem-se mais agressivas também na Europa, a Xiaomi conseguiu reter o seu terceiro lugar.

Por outro lado, a OPPO perdeu alguma quota de mercado, caindo de 11% para 10% neste terceiro trimestre. Já a sua rival direta, a Vivo, caiu de 11% para 9%, perdendo aqui dois pontos percentuais.

Por fim, o futuro para as fabricantes de smartphones não se afigura muito favorável, com o cenário económico a não dar sinais de melhoria. Por fim, resta saber como é que os consumidores reagirão nos próximos meses à medida que nos aproximamos de 2023.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.