O leilão para as frequências da rede móvel de quinta geração já rendeu 49 milhões de euros, de acordo com a ANACOM. O regulador entregou quatro "lotes de rede 5G" na primeira fase de licitações, com novos nomes no mercado de telecomunicações em Portugal.
Segundo avança o Jornal de Negócios pela caneta de Sara Ribeiro, esta soma é proveniente das bandas reservadas para novos entrantes. São novos players que podem ajudar a quebrar o atual dominância estabelecida da MEO, NOS e Vodafone.
Há novas operadoras no mercado de redes 5G em Portugal
Em causa está a licitação e respetiva atribuição de quatro lotes nas faixas dos 900 a 1800 MHz, sendo este o espectro de redes 5G que a ANACOM reservara para novas operadoras interessadas em investir em Portugal. Teremos, assim, maior concorrência no mercado.
Por outro lado, não são conhecidas as propostas exatas das novas empresas, o teor do seu conteúdo estará a ser preparado pelos novos players. De qualquer modo, confirma-se assim o seu interesse no mercado nacional, sendo este um dos objetivos da ANACOM, o fomento da concorrência como forma a que o mercado evolua e crie ofertas mais vantajosas para os consumidores.
Este desenvolvimento confirma o interesse da operadora espanhola MásMóvil, dona da NOWO, uma das primeiras operadoras estrangeiras a demonstrar interesse no mercado de redes 5G em Portugal.
A primeira ronda do leilão 5G rendeu 49 milhões de euros
Ainda de acordo com a fonte nacional, no primeiro dia de licitações pelas frequências da rede 5G o preço base definido pela ANACOM para a faixa dos 1800 Hz já está a subir. Foram leiloados três lotes nesta frequência por 4 milhões de euros, com cada um deles a ser firmado por 6,4 milhões de euros. Algo que prova o interesse das partes envolvidas neste mercado.
A ANACOM espera obter receitas na ordem dos 237,9 milhões de euros, a serem encaixados pelo Estado em troca do serviço de redes móveis em 5G, para além do reforço da atual infraestrutura e cobertura no 4G.
Há mais concorrentes à MEO, NOS e Vodafone
Entre as partes interessadas no 5G em Portugal temos também a Dense Air, grupo britânico que apesar de não ser considerado um "novo player" também já apresentou candidatura. De acordo com a ANACOM esta empresa tem espectro reservado até 2025, mas terá que ir a leilão para o preservar, ou ampliar.
Já a MEO (Altice Portugal), NOS e Vodafone não poupam críticas às condições do leilão 5G impostas pela ANACOM, invocando ilegalidades, apresentando providências cautelares para o tentar travar e denunciando os seus termos. Ainda assim, as três operadoras estabelecidas já apresentaram as respetivas candidaturas ao leilão.
Para a MEO, NOS e Vodafone o leilão do 5G arranca no início de 2021, sendo para já a "ronda" alocada aos novos entrantes, esperando o regulador que o leilão esteja terminado até ao final de janeiro e as licenças a serem emitidas no primeiro trimestre.
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