De acordo com um relatório da Bloomberg, o Youtube foi repetidamente avisado sobre o crescimento de conteúdo negativo ou de desinformação na plataforma.
Em Fevereiro de 2018, vários colaboradores na plataforma propuseram uma solução para limitar a recomendação de vídeos de teoria sde conspiração. Neste caso estavam relacionados com os tiroteios em Parkland, nos Estados Unidos.
A proposta foi então recusada, o que levou inclusive alguns dos empregados a sair da empresa pouco depois. Um dos primeiros trabalhadores do Youtube explicou como as coisas melhoraram assim que o Youtube foi comprado pela Google.
A Google tem tentado tornar o Youtube numa plataforma mais fiável ao longo dos anos
Antes da Google adquirir o Youtube, havia vários casos de vídeos negativos a aparecerem na barra de recomendados. Vídeos incluiam teorias de conspiração, anti-vacinação ou que promoviam anorexia, por exemplo.
Eventualmente o Youtube alterou a forma como o conteúdo é monetizado e recomendado, dando prioridade ao 'engagement' ou interacção. Infelizmente, o conteúdo tóxico aproveitou também essa mudança.
O relatório da Bloomberg também indica que mudanças ao sistema de recomendados foram ignoradas. Inclusive o Youtube disse às equipas de moderação a certo ponto para parar de procurar conteúdo problemático.
É claro que isso entretanto mudou drasticamente, pois o Youtube tem vindo a retirar monetização a vários tipos de conteúdo considerado 'tóxico' ou 'extremista'.
Em resposta ao relatório, o Youtube afirma que tem vindo a fazer esforços para melhorar a plataforma. Recentemente foi testada na Índia uma funcionalidade que mostra conteúdo esclarecedor em relação a vídeos com conteúdo de desinformação.
Com um produto feito pelos seus utilizadores, é muito complicado para o Youtube conseguir filtrar tudo da melhor forma. Contudo, ignorar avisos dos empregados certamente não ajudou.
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