O mais recente rumor a sondar a marca liderada por Lei Jun propõe uma tese ousada. Há, ao que tudo indica, a possibilidade de a Xiaomi anunciar ainda em 2023 o seu SoC (System on Chip) ou simplesmente chipset para dispositivos móveis Android.
Em simultâneo, temos novos rumores sobre o MiOS, o potencial sistema operativo da marca chinesa para substituir a plataforma Android nos equipamentos da sua autoria. Em particular, aponta o seu uso em relógios inteligentes, smartphones, tablets e sobretudo para os seus carros elétricos a chegar em 2024.
Mais independência para a Xiaomi face ao Android da Google?
Face ao exposto, se nada mais, os equipamentos da Xiaomi poderão tornar-se mais independentes da Google e do seu Android, bem como das fabricantes de chipsets. Entre estas, destacamos o papel fulcral da Qualcomm com os seus mais variados chipsets da Snapdragon, bem como a MediaTek e os seus processadores.
Trata-se, de momento, de uma mera possibilidade, apontada por várias fontes no Twitter, em particular pelo leaker Digital Chat Station através da rede social chinesa Weibo. Segundo esta fonte, há no seio da Xiaomi uma preocupação para com a necessidade de terem uma alternativa ao sistema operativo Android.
Terá sido talvez por isso que, como demos a conhecer em ocasião anterior, a Xiaomi havia registado o nome MIOS como seu. Ou seja, apenas a Xiaomi pode usar comercialmente esta nomenclatura feito que está o registo no órgão estatal chinês competente.
Mais ainda, o próprio domínio de Internet "mios.cn" também está agora registado pela Xiaomi, pertencendo assim à marca de Lei Jun para todos os efeitos que daí se podem extrair.
Garantir a compatibilidade do seu carro elétrico com o Android da Google?
Esta é outra das teses atualmente a ser avançadas por várias fontes. O objetivo passaria aqui por garantir que tanto o seu carro elétrico como os smartphones da marca seriam perfeitamente compatíveis. Por outras palavras, visa a marca assegurar a plena compatibilidade e comunicação entre o seu futuro veículo elétrico e os seus dispositivos móveis.
Por outro lado, há uma explicação igualmente plausível e menos entusiasmante para nós, europeus. Tudo poderá ter a ver com a obrigatoriedade legal de a Xiaomi ter uma versão específica, para a China, da sua própria MIUI, distinta da que é usada na Europa.
Ou seja, como resultado das obrigações legais, dentro das fronteiras da China a marca tem que criar uma alternativa à sua MIUI para uso exclusivo no seu país natal. Na prática, uma plataforma que seja fácil de usar mesmo sem ter acesso aos serviços Google.
Tal como o Harmony OS da Huawei, teremos também o MIOS da Xiaomi
Muito à semelhança do que assistimos com a Huawei a desenvolver a sua própria alternativa ao Android, também a Xiaomi pode seguir as suas passadas. Aliás, esta iniciativa pode alargar-se também aos chipsets, os processadores para dispositivos móveis.
Indo além dos processadores auxiliares como os seus antigos PineCone, ou os mais recentes Surge para auxiliar a câmara fotográfica e outras tarefas acessórias, poderemos em breve ter um chipset propriamente dito para os seus produtos.
Estes componentes poderão então ser empregues nos próprios equipamentos, colocando-se lado a lado com as soluções já bem conhecidas da Qualcomm e MediaTek. Note-se, porém, que de momento não temos dados palpável que nos permitam corroborar ambas as teses.
Estará a Xiaomi a preparar um plano B que contempla não só um sistema operativo como também os seus próprios chipsets? É perfeitamente plausível, ainda que dispendioso e bastante demorado, mas só o futuro o dirá.
Recordemos, por fim, a primeira iniciativa da marca nesta mesma empreitada, o desenvolvimento dos seus próprios processadores.
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