Porque é que a Xiaomi está a investir fortemente na Índia?

Filipe Alves
Filipe Alves
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Ultimamente, quase todas as semanas recebemos notícias de que mais uma construtora de smartphones se desloca para a Índia... Mas porquê? Após uma pesquisa rápida, ficamos a saber que em 2017, as 5 marcas que mais equipamentos vendem na Índia são, por ordem de venda: Xiaomi, Samsung, Vivo, Lenovo e Oppo. Ou seja, este Top5 é ocupado por 4 marcas provenientes da China.

Para pôr em perspetiva, por cada 10 telemóveis vendidos na Índia, 3.6 são da Xiaomi que é a marca líder neste país.

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Num universo de cerca de 124 milhões de dispositivos importados pela Índia em 2017, resulta em cerca de quase 3,5 milhões de smartphones vendidos unicamente pela Xiaomi no ano passado neste país.

Outro facto interessante sobre este mercado é que a maior parte dos smartphones vendidos têm um custo inferior a 100$.

Depois da Índia, a Xiaomi apontará à Europa

Ora, do Top5 referido anteriormente, quem é que conhecemos que consegue produzir smartphones mais baratos com uma qualidade mais razoável? Pois, só nos surge um nome na cabeça. Como consequência, todos os anos a Xiaomi os acaba períodos económicos com crescimentos acima da média e com números exorbitantes e recordistas. Mas porquê? Porque é que toda a gente quer controlar o mercado indiano?

Espera-se que a Índia ultrapasse o número populacional da China em meados do ano de 2028, com números estimados em cerca de 1.45 mil milhões de pessoas, sendo que os números atuais apontam para uma população atual de cerca de 1.32 mil milhões.

Além de todos os equipamentos que produz, a marca tem outros benefícios, como por exemplo diversos produtos do dia-a-dia. Seja televisões, purificadores de ar, máquinas de barbear ou até papel higiénico.

Ao terem um logótipo da Xiaomi, transmitem qualidade. Para ser mais concreto com as minhas palavras, estes produtos têm efetivamente qualidade.

Impossível não ficar impressionado

Depois, o uso de um software próprio adaptado do Android, a MIUI. Este User Interface (UI), já criou uma grande carteira de fãs que difundem o nome da marca, sem que esta tenha que “mexer uma palha”. Ora, a Xiaomi não só criou este UI como o fez bem feito.

Numa comparação um pouco diferente, quem nunca recomendou um restaurante onde “se come bem e barato”?

Resumindo, se a Xiaomi já é gigante hoje em dia, quem sabe como será daqui a uns anos. Na China a marca está perto da liderança, agora só se tem de focar na Índia e na Europa. A entrada da marca em Portugal, Espanha, França e Itália de forma oficial prova esse investimento.

Assim, pode-se concluir, que para se ter sucesso no mundo mobile, apenas tem que se fazer aquilo que o mercado procura, mas fazê-lo bem e a um preço que corresponda às satisfações dessa mesma procura. Algo que a Xiaomi tem brilhado.

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Via 3 (Artigo por Rafael Alemão para 4gnews)

Filipe Alves
Filipe Alves
Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.