A Qualcomm é a principal fornecedora de processadores no universo Android, mas este domínio pode estar prestes a acabar.
Marcas como a Xiaomi e a Samsung equacionam abandonar a fornecedora de chips devido ao crescente aumento de preços praticado por esta fabricante.
Snapdragon 8 Gen 3 pode não ser integrado nos topos de gama da Xiaomi e Samsung
Até agora, a Qualcomm é a principal fornecedora de processadores dos terminais Android, sobretudo no segmento premium. E a fabricante de chips faz refletir esse domínio no custo dos seus chips.
Recentemente, foi revelado que o processador Snapdragon 8 Gen 2 tem atualmente um custo de 160 dólares, cerca de 145 euros, para cada marca que opte por utilizá-lo num terminal. Mas o cenário piora quando falamos do próximo chip de última geração Snapdragon 8 Gen 3 que pode vir a ter um custo de 200 dólares, aproximadamente 185 euros.
Como não podia deixar de ser, as principais marcas de smartphones Android estão a reavaliar o seu relacionamento comercial com a fabricante de chips. A chinesa Xiaomi, assim como a sul-coreana Samsung estão a ir um pouco mais longe e equacionam mesmo abandonar os processadores Qualcomm.
E esta medida drástica pode já ser aplicada em 2024, com os modelos topo de gama destas marcas a não integrarem o chip Snapdragon 8 Gen 3. Tanto a Xiaomi como a Samsung procuram alternativas com preços mais acessíveis.
No caso da gigante sul-coreana a solução mais fácil (e óbvia) será a reintrodução dos processadores Exynos. Alguns rumores já avançaram inclusive que a série Galaxy S24 pode voltar a incluir este chip, ainda que esses modelos com Exynos sejam disponibilizados apenas em algumas regiões – à semelhança do que já aconteceu com a série Galaxy S22.
Já a Xiaomi pode optar por processadores MediaTek, mais especificamente o chip Dimensity 9300. A rival da Qualcomm pode aproveitar esta revolta contra o aumento de preços para aumentar a sua quota no mercado Android, especialmente no segmento de topos de gama.
A guerra das fabricantes de smartphones com a Qualcomm promete mais desenvolvimentos e se algumas das principais marcas optarem mesmo por abandonar a fabricante de chips, as mudanças vão estender-se a todo o mercado de equipamentos móveis.
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