O ciber ataque à operadora Vodafone Portugal pautou a atualidade tecnológica no início de fevereiro de 2022. Agora, um ano após o caso em apreço, o que mudou no panorama da segurança online em Portugal? Poderão ataques similares à MEO e NOS, ou novamente à Vodafone Portugal ter lugar?
A pensar nisso colhemos agora o testemunho daVisionWare, empresa portuguesa dedicada à Segurança de Informação. Esta especialista no setor alerta sobre a posição de Portugal no top 10 dos países que mais sofreram ataques ransomware no primeiro mês de 2023. Ou seja, facto que não marca positivamente o início do ano na perspetiva da segurança de informação.
Portugal no Top 10 de países que mais sofreram ataques de ransomware
Os dados, divulgados através do DarkFeed/DeepWeb Intelligence Feed, 2023 Top Targeted Countries, January 2023 e são claros. Aí, mostram Portugal a surgir em 7.º lugar. Isto numa altura em que se assinala um ano após o grave ciberataque infligido à Vodafone.
Assim, visando precaver os perigos desta tendência mundial em crescimento foram tomadas várias medidas. Aliás, também o facto de Portugal estar na mira dos cibercriminosos, a tecnológica portuguesa lançou, no final do ano passado, um centro de operações e análise a ameaças cibernéticas à escala mundial. Foi então denominado VisionWare Threat Intelligence Center, já em funções.
O propósito deste centro é estudar, reportar e alertar as instituições públicas e privadas sobre os perigos da cibercriminalidade, desinformação, informação falsa e deepfake.
Este projeto, que surge em linha com a recentemente anunciada promulgação da Estratégia Nacional de Ciberdefesa. Assim, conta com especialistas das áreas de intelligence e cibersegurança. Técnicos que procedem à monitorização, análise e report urgente, e em tempo real. Tudo isto para responder aos novos desafios e ciberameaças.
VisionWare Threat Intelligence Center visa proteger Portugal
Na visão de Bruno Castro, CEO da VisionWare, “o novo Centro de Inteligência da VisionWare desenvolve-se em consonância com o apelo do Governo para uma maior atenção da sociedade civil face ao perigo iminente das novas ameaças e riscos globais”.
Os ataques cibernéticos são, segundo o responsável da tecnológica. “As novas armas usadas contra a segurança como um todo, para atacar infraestruturas críticas nas sociedades”.
Desse modo, conclui “a criação deste Centro permite agora agregar especialistas que, por um modelo sólido de análise em tempo real, respondem às necessidades dos nossos clientes e parceiros, em Portugal, mas também pelo mundo.”
Ransomware é uma das maiores ameaças, não só às operadoras em Portugal
Os ciberataques de ransomware continuam em ascensão. Na prática, transformando-se numa força disruptiva no setor de segurança cibernética, afetando todas as áreas de atividade.
Aliás, como já vimos, passando por instituições financeiras e de saúde, telecomunicações, serviços até à educação.
Posto isto, devido ao incremento (e manutenção) do trabalho remoto, motivado e acelerado pela pandemia, estima-se que, estes ataques aumentaram 148% em todo o Mundo.
O ransomware constitui por isso, uma ameaça visível para milhares de organizações e empresas. Os protagonistas deste tipo de ciberataques sabem que o seu modelo de negócio, altamente destrutivo, terá garantia de sucesso contínuo.
Isto, claro está, desde que consigam inovar as suas técnicas de exploração e formatos de dispersão dentro da organização.
Há muito a ser feito para prevenir novos casos como o da Vodafone
Apesar dos esforços do governo português e da maior atenção e sensibilização da sociedade civil atual, os ciberataques continuam a ser uma grande preocupação no País.
Os peritos em cibersegurança advertem que a ameaça representada pelos cibercriminosos está a crescer e que é necessário fazer mais para prevenir acontecimentos futuros.
Como tal, Portugal precisa de continuar a reforçar as suas infraestruturas de cibersegurança e a desenvolver estratégias eficazes para proteger os seus cidadãos, empresas e infraestruturas contra o número crescente de ciberataques.
Por via da regra, estas investidas e campanhas são oriundas de redes criminosas diversas, cada vez melhor organizadas e com uma maior capacidade disruptiva. O alerta da empresa nacional fica, assim, claro.
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