O Twitter deixou de apresentar as etiquetas que alertavam os utilizadores para a possibilidade de estarem perante uma notícia falsa, ou divulgação de falsas informações na rede social. A decisão foi tomada por Elon Musk como parte da sua visão para o Twitter 2.0.
Estas etiquetas, presentes no Instagram, Facebook, YouTube e até há pouco no Twitter, alertavam para a possível exposição a notícias falsas, ou enganosas, sobre a COVID-19. Porém, Musk almeja tornar a plataforma num espaço de livre expressão, com o mínimo de "policiamento".
Elon Musk acredita na liberdade de expressão, responsabilidade e discernimento pessoal
O executivo acredita que a rede social pode ser um espaço de expressão livre, com pouca necessidade de moderação e interferência da própria plataforma. Uma visão que sem dúvida divide opiniões, com o medo da desinformação a ser uma das pedras de arremesso, porém, Musk permanece convicto do seu Twitter 2.0.
O Twitter descartou as etiquetas de aviso sobre a COVID-19, não as aplicando em publicações que versem sobre a temática das vacinas, pandemia e temas conexos. A plataforma não providenciará informação complementar, corretiva ou adicional como até então na sua rede social.
Ao que tudo indica, a rede social também não eliminará os tweets (publicações) que não estejam totalmente corretos sobre esta temática, nem aplicará restrições às contas. Em suma, aliviará o controlo central sob o teor e conteúdo do que é publicado.
Política de policiamento da COVID-19 foi suspensa a 23 de novembro no Twitter
A empresa norte-americana operou assim uma revisão da sua política sobre a COVID-19, dando a conhecer as alterações no seu website oficial. Assim, ficamos a saber que desde o dia 23 de novembro que a norma deixou de ser aplicada na plataforma.
Porém, a rede social não respondeu de imediato aos comentários e pedidos de informação resultantes da alteração.
Por outro lado, a empresa afirmou que mais de 11 mil contas foram suspensas. Isto, bem como mais de 97 mil publicações de conteúdo enganoso foram eliminadas desde que o Twitter introduziu a referida política sobre a COVID-19 em 2020.
Musk mostra-se empenhado em libertar o Twitter
Esta plataforma fora alvo de várias críticas pela forma como lida com a potencial desinformação durante a última década. As críticas acentuaram-se durante a campanha presidencial e toda a presidência de Donald Trump, que usava sobejamente a rede social.
Mais recentemente, e após votação pública, Musk respeitou a "vox populi" para levantar o bloqueio à conta do ex-presidente, ainda que o mesmo tenha publicado nada desde então.
Em simultâneo, Musk tem operado uma redução do staff do Twitter, com a equipa dedicada à vigilância de temáticas sensíveis como a exploração sexual infantil a ser uma das áreas alvo de redução. A equipa terá sido reduzida para metade, deixando um grupo diminuto para tratar desta pasta, de acordo com fontes próximas da empresa.
No início do ano, o Twitter teria 20 pessoas dedicadas ao controlo e supervisão de denúncias sobre esta temática. Porém, a equipa contará atualmente com 10 pessoas, de acordo com fontes próximas que optaram por permanecer anónimas por temerem represálias.
Esta notícia chega-nos num momento em que os legislador da União Europeia e do Reino Unido planeiam novas regulamentações para aplicar às redes sociais, com o intuito de assegurar a segurança das crianças. Por outro lado, resta apurar qual será o impacto real desta redução no staff do Twitter.
Por fim, note-se que Elon Musk tem assegurado uma maior eficiência no trabalho e operações no seio da rede social, tal como tem divulgado quase diariamente no seu próprio perfil.
Editores 4gnews recomendam: