"Made in EUA", a premissa defendida por Tim Cook, CEO da Apple, e outros líderes norte-americanos com vista ao reforço da produção em solo norte-americano de componentes essenciais. Em causa está o investimento de 40 mil milhões de dólares (40 biliões), a ser feito pela TSMC, no novo complexo de produção no estado norte-americano do Arizona.
O executivo juntou-se aos esforços da nação para começarem a produzir, em larga escala, semicondutores como processadores e demais chipsets vitais para a indústria tecnológica em solo norte-americano. É uma mudança de paradigma que juntou vários líderes, desde o atual presidente Joe Biden, a vários executivos no setor tecnológico.
Tim Cook garantiu que a Apple fabricará chips nos Estados Unidos da América
Pela primeira vez em mais de uma década, os próximos processadores e chipsets a equipar os produtos Apple serão fabricados em solo norte-americano. "Made in America" é o selo de qualidade que, muito em breve, a TSMC (com sede em Taiwan), passará a aplicar nos produtos fabricados na nova fábrica e centro de produção planeado.
O investimento surgiu perante uma forte necessidade de mercado. A propósito, recordamos a escassez de chips e semicondutores que, nos últimos anos, abrandou todo o setor e tornou óbvia a dependência de uma mão-cheia de fabricantes.
TSCM será a responsável pela fabricação de semicondutores nos EUA
Afetando os mais diversos setores, do automóvel ao tecnológico, a escassez de semicondutores levou a que, já em 2021, a TSMC anunciasse um investimento inicial de 12 mil milhões de dólares para criar um novo centro de produção. Esta "fábrica" viria aliviar um pouco da pressão colocada pelo mercado junto da empresa taiwanesa.
Mais recentemente, contudo, esse investimento viria a ser ampliado para 40 mil milhões de dólares, visando já um segundo centro também localizado nos Estados Unidos da América. Um investimento destacado, aliás, pelo próprio presidente dos EUA, Joe Biden.
América quer destronar a China e tornar-se a referência na produção de chipsets
A primeira central de produção de semicondutores da TSMC nos Estados Unidos da América iniciará operações em 2024. Aí serão produzidos os mais variados chipsets a 4 nm, litografia vigente para os componentes de última geração.
Porém, em 2026, data apontada para a abertura e início de operação da segunda fábrica / complexo de produção, serão fabricados processadores e semicondutores a 3 nm. Ou seja, o próximo passo na arquitetura e litografia de processadores.
Em suma, estamos perante marcos históricos no setor tecnológico, com os Estados Unidos da América a querer voltar à corrida dos processadores. O impacto destes investimentos será sentido na segunda metade desta década, mas afigura-se promissor.
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