Os relatórios de vendas atinentes ao primeiro trimestre de 2023 apontam para a dominância dos smartphones chineses no mercado da Rússia. Para tal contribuiu fortemente a saída da Apple e Samsung deste mercado, beneficiando a Xiaomi e Realme, entre outras.
A suspensão das relações comerciais entre o Ocidente e a Rússia após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022 trouxe consequências para o mercado global de smartphones. Algo que agora se torna claro com a divulgação dos primeiros relatórios de vendas de dispositivos móveis na Rússia durante o 1.º trimestre de 2023.
70% dos smartphones vendidos na Rússia têm origem na China
As métricas em questão foram estudadas, captadas e publicadas pela agência M.Video-Eldorado, tal como noticia também a agência Reuters. A saída de gigantes como a sul-coreana Samsung e a norte-americana Apple deixou este enorme mercado totalmente aberto para as concorrentes chinesas.
Ora, deixando o Ocidente de colaborar com a Rússia, sobraram as marcas sediadas na China. Como tal, tanto a Xiaomi como a Realme foram as que mais cresceram naquele mercado, ocupando as primeiras posições do significativo mercado de smartphones russo.
A entidade em questão refere que o próprio mercado de dispositivos móveis na Rússia cresceu em volume de vendas durante o 1.º trimestre deste ano. Apontando também que 7 em cada 10 dos telefones vendidos atualmente são de marcas chinesas, registou-se assim uma mudança muito significativa neste mercado.
Xiaomi e Realme são as maiores beneficiadas na Rússia
Note-se que durante o último ano de 2022, a distribuição era sensivelmente equitativa. Isto é, cerca de 50% dos smartphones vendidos na Rússia eram de origem chinesa. A outra metade pertencendo a dispositivos móveis de fabricantes ocidentais como a Apple, ou a Samsung.
Assim sendo, nestes primeiros três meses de 2023, as marcas sediadas na China conquistaram mais de 20% de quota de mercado adicional à custa das rivais Apple e Samsung.
Saída da Apple e Samsung deixou o mercado entregue à China
Com o governo russo a recomendar fortemente os seus funcionários a não usar dispositivos Apple iPhone, por temerem potenciais backdoors nos equipamentos norte-americanos, tal cenário não deverá mudar em breve.
Ou seja, a Rússia não quer os seus próprios funcionários a usar dispositivos Apple. Perante receios de espionagem do Ocidente, os smartphones Samsung também não são os mais recomendados pelo Kremlin.
Em suma, neste controverso, mas enorme mercado de tecnologia e dispositivos móveis, a China terá (e já tem) aqui um novo oásis de vendas para as suas marcas.
Por fim, segundo a mesma fonte o mercado de smartphones na Rússia está a recuperar das sanções aplicadas pelo Ocidente. Mais uma vez, perante o garrote das demais fontes, o consumidor e mercado russo voltam-se para o parceiro chinês.
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