A descontinuação da linha Galaxy Note tem feito várias manchetes nos meios da especialidade, à qual se soma a 4gnews. Agora, o fim da linha Note pode, na verdade, ser uma suspensão temporária, fruto da escassez de materiais e componentes essenciais.
Com efeito, em 2021 não teremos um Samsung Galaxy Note. A confirmação foi feita por Koh Dong-jin, responsável máximo pelo departamento de smartphones e tecnologia de consumo da gigante sul-coreana. Para os fãs da linha Note é um rude golpe.
Escassez de componentes dita a suspensão dos Samsung Galaxy Note
"Há um grave desequilíbrio entre a procura e a oferta de chips e semicondutores", avançou Koh durante a última assembleia de investidores. "Podemos deparar-nos com problemas durante o segundo trimestre, mas daremos o nosso melhor para precaver qualquer interrupção no nosso negócio.", acrescentou o homem-forte da Samsung.
O executivo confirmou que este ano não teremos um novo Galaxy Note, normalmente apresentado na segunda metade do ano. Por outro lado, descartou os rumores que apontam um final definitivo para uma das mais icónicas linhas de produtos Samsung.
Durante a última reunião, Koh aproveitou ainda para se referir a algumas das problemáticas e preocupações da marca. Nomeadamente, o posicionamento da mesma face à rival norte-americana, Apple, bem como às rivais chinesas.
Enfrentar a Apple e conter o avanço de marcas como a Xiaomi
Koh reconheceu que a Samsung não tem o mesmo reconhecimento de marca (brand awareness) que a Apple. Prometeu lutar para melhorar essa mesma posição da Samsung, sobretudo nos mercados asiáticos onde marcas como a Xiaomi têm vindo a crescer.
A Samsung abre assim um plano de batalha em duas frentes. O primeiro visa aumentar o prestígio e reconhecimento da marca no segmento premium - o adversário a alcançar é a Apple e os seus iPhone, extremamente cobiçados.
A segunda frente, asiática, coloca aqui a Samsung frente à Xiaomi, Oppo e outras fabricantes chinesas como a Realme. Neste setor, a competição concentrar-se-á no segmento preço / qualidade, com linhas como a Galaxy A a serem instrumentais.
Ao mesmo tempo, a Samsung assegura os seus investidores que, apesar da escassez de componentes que se faz sentir no mundo, os seus negócios não deverão ser muito afetados. A empresa prepara-se para esta realidade e fará os possíveis para a contornar.
Aposta forte no ecossistema e experiência de utilização
Enquanto isso, a Samsung quer reforçar a sua presença no mercado de consumíveis para o lar, eletrodomésticos e televisores. Estão cientes da concorrência crescentemente acirrada e da necessidade de acrescentar valor aos seus produtos.
Esta mesma ocasião trouxe à superfície as preocupações dos acionistas em nome individual, totalizando mais de 2 milhões e representando mais de 62% do capital público da empresa mais valiosa da Coreia do Sul.
Entre as preocupações expressadas, uma das principais foi o posicionamento e planos da Samsung face à maior rival no mercado dos chips, a Micron Technology. Esta última, está já a preparar a produção em massa da sétima geração de armazenamento NAND, ao passo que a Samsung está atrasada.
Ainda assim, tal como avança a Bloomberg, a Samsung permanece uma figura chave no mercado de semicondutores. O atual período de escassez deverá ser gradualmente contornado, com os diversos ramos de produção a retomar o normal volume.
Até lá, a linha Galaxy Note ficará em suspenso. Algo que acaba por não nos surpreender dada a crescente proximidade entre esta gama e a linha Galaxy S, com o novo S21 Ultra a poder usar, por exemplo, a S-Pen até então exclusiva dos Note.
A escassez de semicondutores, para já, dita a suspensão dos Samsung Galaxy Note.
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