As conclusões são avançadas pelo relatório Shopping Pulse que dá a conhecer as principais tendências de compra ao sondar mais de 19 000 consumidores em 18 países, Portugal inclusive. Em particular, no nosso país quase metade dos utilizadores de redes sociais acaba por efetuar a compra, passando de seguidor a consumidor.
Mais concretamente, o relatório indica que quase metade dos portugueses adquire produtos que viu nas redes sociais como o Instagram (42%). Isto embora a maioria ainda o prefira comprar em loja, segundo aponta a mesma fonte.
Portugueses compram cada vez mais através da Internet
As experiências de compra estão a sofrer alterações entre os consumidores. A propósito, nos últimos três anos, os canais online registaram um crescimento entre a preferência dos consumidores, com 26% dos portugueses a fazer compras online uma vez por semana, mais 4% que no último trimestre de 2022.
Em Portugal, os canais online já conquistaram a preferência da Gen Z (36%) e dos Millennials (36%). Estes dois grupos têm mostrado uma preferência crescente pela experiência de compras online.
Tendência impulsionada pela conveniência, variedade de produtos e facilidade de comparação de preços. Aqui com 35% dos Millennials a comprar online pelo menos uma vez por semana, mais 5% que no último trimestre do ano passado.
Facilidade de compra e preços competitivos motivam o interesse
Além disso, também a Geração X e os Baby Boomers começam a revelar uma migração para os canais online. Isto à medida que estão mais familiarizados com os avanços tecnológicos, embora ainda demonstrem uma preferência pela loja física.
O panorama global mostra uma fase de equilíbrio entre os consumidores. Em metade dos países analisados, há já uma preferência pela compra online mas, a outra metade, ainda prevalece o método de compra mais tradicional.
Os consumidores portugueses enquadram-se na metade mais tradicional. Isto apesar de as duas gerações mais jovens já mostrarem preferência pelas plataformas de e-commerce, de compras online.
Smartphone e o impacto das redes sociais em Portugal
Os consumidores, de forma global, preferem 2x mais iniciar a sua pesquisa de compra em redes sociais e aí colher inspiração do que em publicações impressas. De facto, o estudo da Klarna indica que 35% dos inquiridos assume já ter comprado um produto após ter visto o mesmo nas redes sociais.
Ou seja, trata-se de um cenário ultrapassado pelos consumidores portugueses, onde 41% da amostra admite tê-lo feito. As mulheres portuguesas (42%) e a Gen Z (48%) são os que mais se enquadram neste tipo de comportamento.
Por outro lado, um total de 59% dos inquiridos assume ter comprado um produto diretamente na rede social em que viu o mesmo, apenas 40% dos portugueses afirma o mesmo.
Sem tempo para investigar? Portugueses "deixam-se" influenciar
Quando compram através das redes sociais, no geral, os consumidores preferem fazê-lo na página da própria marca. Aqui seguindo-se páginas de retalhistas e, por fim, diretamente na página de um/a influencer digital.
Os consumidores portugueses acompanham o cenário global, embora a geração Z e o público feminino sejam os que mais compram através da página de um influenciador digital.
Por outro lado, quanto às plataformas onde os consumidores mais compram globalmente, o Facebook, o Instagram e o YouTube estão no pódio, com o TikTok a ganhar cada vez mais expressão.
Em Portugal, o Instagram é a plataforma preferida dos consumidores (57%), com a GenZ (75%), Millennials (68%) e mulheres (60%) a preferirem esta rede social. Homens (62%), GenXers (59%) e Baby Boomers (67%) ainda preferem comprar no Facebook.
A Gen Z é a que menos compra no Facebook (21%) e a que mais compra no Tik Tok (33%).
Portugueses (ainda) preferem comprar em loja física
A experiência de compra ainda é considerada pelos portugueses mais agradável em loja física. No entanto, vemos que cada vez mais portugueses fariam todas as suas compras online, se tivessem de escolher. No segundo trimestre deste ano, 41% preferia comprar apenas online, mais 3% que no final de 2022.
A propósito, para melhorar processos entre a experiência de compra digital e em loja, a grande maioria dos consumidores acharia útil poder falar com funcionários ou especialistas em produtos, quando fazem compras online. Por fim, em Portugal, esta preferência é apontada por 91% dos consumidores.
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