Criadores de filmes, livros e séries de ficção científica divertem-se ao imaginar possíveis versões do futuro da humanidade. E nós nos divertimos ao consumir essas produções e imaginar se algo daquilo, algum dia, será real. Mas basta pararmos um pouco para refletir sobre as tecnologias que já temos hoje para concluir que, sim, muito do que as obras de ficção científica "previram" já tornou-se realidade.
1. Chamadas de vídeo
O que hoje é uma forma comum de comunicação, há alguns anos não existia. Mas as chamadas de vídeo foram imaginadas por muitas obras de ficção científica, como a série Star Trek, dos anos 1960. Outra obra que merece destaque e data da mesma década é o desenho Os Jetsons. Famosa desde os anos 1960, a sitcom apresentou-nos ao Visaphone, utilizado pelo pai da família Jetson para reuniões de trabalho.
Não temos um Visaphone, mas hoje já contamos com plataformas como Zoom, Google Meet e Microsoft Teams para reuniões e aulas remotas. Além disso, até mesmo smartphones já possibilitam que façamos chamadas de vídeo para comunicação pessoal.
2. Smartphones
E por falar neles, os smartphones não podem ficar fora desta lista. Há quem diga que os Tricorders de Star Trek supostamente foram a inspiração para telemóveis flip. Já o filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, lançado em 1968, mostrou os astronautas a utilizar uma espécie de tablet com ecrã touch para ler notícias e assistir a vídeos.
Com cada vez mais recursos de tecnologia, os smartphones são, sem dúvida, dispositivos de ficção científica por serem verdadeiros computadores de bolso. Junto a outras invenções que pareciam ficção há alguns anos - como a Internet e a Inteligência Artificial - o potencial destes dispositivos parece não ter limite.
3. GPS de bolso
Não faz tanto tempo assim que estávamos a viajar com mapas de papel. Os dispositivos de geolocalização (GPS), sejam eles especificamente para os carros ou os que já existem nos smartphones, são uma das invenções mais úteis que temos hoje.
E lá em 1964, quando 007: Goldfinger foi lançado, o GPS portátil parecia apenas um dispositivo de ficção a que apenas o agente James Bond tinha acesso, entre todos os seus equipamentos super modernos.
4. Auriculares sem fio
Uma das primeiras vezes que vimos algo semelhante aos auriculares sem fio que temos hoje foi quando Fahrenheit 451 estreou em 1966. No filme, as pessoas assistem à TV a utilizar dispositivos cujo design, curiosamente, é bem similar aos dos auriculares que utilizamos atualmente.
5. IA criativa e assistentes virtuais
2001: Uma Odisseia no Espaço também apresentou-nos ao robô HAL 9000, um dos responsáveis por conduzir os astronautas ao espaço. Os filmes do Homem de Ferro trouxe o famoso assistente Jarvis. E o premiado longa Her apresentou o que parecia inimaginável, um homem apaixonado por uma assistente virtual.
O que parecia pura ficção hoje já é realidade. Ok, ainda não temos um Jarvis e uma armadura do Homem de Ferro, mas a união de assistentes virtuais com sistemas de IA generativa não parece estar tão longe assim do que vimos nos filmes. Basta pensar um pouco sobre tudo que IAs como ChatGPT, Claude 3, Google Gemini e Copilot já podem fazer por nós.
6. Turismo espacial
É bem verdade que ainda não podemos explorar diferentes galáxias, como nos filmes, ou ter aventuras em instalações de spa em Titã ou a vibrante cidade de Neon em Starfield. Mas já existe formas de turismo espacial. E já há pessoas a realizá-lo.
Proporcionada pela Virgin Galactic, trata-se de uma experiência suborbital, levando um pequeno grupo de pessoas para a "borda do espaço", onde podem vivenciar a baixa gravidade. No entanto, essa aventura requer um investimento de US$ 450.000.
7. Smartwatches
No filme de James Bond, "Octopussy", o relógio Seiko G757 Sports 100 exibia mensagens do MI6 num pequeno ecrã digital. Mas a ideia de conversar por meio de um relógio foi apresentada por Dick Tracy e os Thunderbirds, na banda desenhada de 1931.
Hoje, isso parece rudimentar comparado aos smartwatches, como o Apple Watch. Esses dispositivos não apenas permitem fazer chamadas, mas também rastrear métricas de saúde, avaliar desempenho físico, atuar como organizadores diários e controlar gadgets domésticos inteligentes.
8. Tradução em tempo real
O Guia do Mochileiro das Galáxias foi uma das obras que apresentou algum tipo de tradutor universal, o Peixe Babel. Mas o que parecia impossível há alguns anos, hoje está ao nosso alcance com tradutores como o Google Translate e novas aplicações e ferramentas de tradução com tecnologia de IA.
É o caso, por exemplo, da funcionalidade de tradução do Galaxy AI, IA da Samsung lançado junto à série de smartphones Galaxy S24. A tecnologia já é capaz de traduzir em tempo real áudios bidirecionais.
9. Carros voadores
Podemos ainda não ter os carros voadores que vimos n'Os Jetsons, em alguns episódios de Doctor Who ou em filmes como O 5º Elemento. Mas já temos carros voadores a serem testados para o transporte comercial de passageiros.
Os chamados VTOL (sigla em inglês para "veículos de descolagem e aterragem verticais") já estão a ser produzidos em países como Canadá, Estados Unidos e Brasil. Nos Estados Unidos, os "carros voadores" estão a começar os primeiros testes para transporte de pequenas distâncias.
10. Robôs humanoides
Em 2004, o filme Eu, Robô trouxe robôs humanoides muito similares aos que temos vistos nas notícias nos últimos anos. Empresas como a Tesla, com seu Optimus, estão a testar robôs na cadeia produtiva de fábricas e têm planos de lançá-los para diferentes atividades.
O Ameca, da Engineering Arts, por sua vez, tem sido chamado de “robô mais avançado do mundo”. Alimentado por IA generativa, ele pode interagir com as pessoas de uma maneira quase natural, e obter expressões faciais convincentes graças.
11. Robôs domésticos
Ainda não chegamos à sonhada Rose, de Os Jetsons, mas já temos no mercado inúmeros robôs dedicados a tarefas domésticas. Aspiradores de pó robôs e robôs de cozinha são alguns exemplos bem atuais. As opções de dispositivos inteligentes para automatizar a casa também já são muitas.
Mas também existem animais de estimação robôs, principalmente o cão-robô AIBO da Sony, que pode responder a comandos de voz e sentir quando está sendo acariciado. O Astro, da Amazon, pretende ser um robô automatizado de monitorização residencial, completo com Alexa integrada para responder a comandos de linguagem natural. Recentemente, a 1X Technologies impressionou o mundo seu robô humanoide Eve.