De forma a estarem a par de todos os conteúdos, há muitos utilizadores que subscrevem versões pagas de jornais. Um novo estudo da Reuters permite-nos ter uma ideia do lugar ocupado por Portugal nesta lista, durante o último ano.
Como seria de prever, o topo é ocupado por países com maior capacidade económica. No lugar cimeiro da lista, encontra-se a Noruega, em que 40% dos leitores escolheram, em algum momento, pagar pela subscrição online de um jornal.
A fechar o pódio, segue-se a Suécia (31%) e os Estados Unidos (21%). Tal como mostra a figura acima, Portugal encontra-se no lote dos 5 países que menos consomem notícias pagas, com uma percentagem de 12%.
Ainda assim, não deixa de ser curioso que há nomes abaixo de Portugal que, muito possivelmente, não seria de prever. Dois exemplos disso mesmo são a França e o Reino Unido, sendo que os britânicos são mesmo os últimos (8%).
Que valores estão os leitores a pagar?
Para ter mais algum contexto, é importante perceber que há várias formas de pagar por conteúdos noticiosos. Dos 20 países que foram escolhidos para o estudo, identificaram-se diferentes formas de pagamento.
Na Polónia, por exemplo, quase 80% dos leitores pagam por parte do serviço. A situação acontece já que o preço da subscrição total é bastante alta e os leitores optam por subscrever de acordo com as possibilidades.
De acordo com a Reuters, na Suíça, por exemplo, uma subscrição mensal do NZZ, um dos principais jornais do país, custa perto de 30€. Ainda que a condição económica possa ser melhor do que em Portugal, os números mostram que as pessoas continuam a considerar o valor bastante alto.
Pelo lado oposto, Portugal, Espanha e Itália destacam-se por subscreverem mais serviços completos. O motivo é bastante simples: as subscrições, em termos comparativos, são bastante mais baratas.
Em contexto nacional, o jornal Público oferece três modalidades de pagamento que nunca excedem os 7€ por mês. O plano bianual, por exemplo, faz com que possas pagar apenas menos de 5€ mensais.
Quem não paga, estaria disposto a pagar?
Como refere a Reuters, os números foram obtidos através de um inquérito feito a leitores. Desta forma, é claro que a amostra pode sempre variar um pouco do valor real. Outro dado interessante que o estudo referiu tem a ver com aqueles que não pagam e a possibilidade de virem a pagar no futuro.
No lote das respostas, estavam contempladas quatro opções: “1€ ou menos”, “2€ a 5€”, “6€ a 10€” ou “nada”. Os números mostram que as três possibilidades de pagamento cativaram, respetivamente, 17%, 24% ou 6% dos leitores.
Já a grande maioria dos votantes (48%), por sua vez, manteve a sua posição ao dizer que não pagaria qualquer valor por conteúdo jornalístico.