Há 900 mil anos, a Humanidade esteve perto da extinção e apenas 1280 indivíduos reprodutores sobreviveram.
Um novo estudo vem agora esclarecer as causas da perda de 98,7% da população humana, avançando também que foram necessários 117 mil anos para ultrapassar o perigo de extinção.
Alterações climáticas terão estado na origem da possível extinção da Humanidade
Um estudo realizado por uma equipa de cientistas dos EUA, China e Itália pode ter finalmente explicado a escassez de registo fóssil africano e euroasiático. De acordo com as conclusões divulgadas, há 900 mil anos, registou-se uma drástica redução de 98,7% da população humana, tendo sobrevivido apenas 1280 indivíduos reprodutores.
Estes números alarmantes indicam que, na época, a Humanidade terá estado perto da extinção e que foram necessários 117 mil anos para ultrapassar esse risco.
Para efeitos de contexto, explique-se que durante o Pleistoceno Superior os seres humanos saíram do continente africano e chegaram, pela primeira vez, aos continentes americano e australiano.
Nestes novos locais, o clima era bastante diferente (mais frio) e vivia-se também uma época de alterações climáticas com variações da temperatura e ocorrência de secas. Por outro lado, acredita-se que as fontes de alimento diminuíram à medida que alguns animais – como os mamutes e preguiças gigantes – ficaram extintos. Tal situação terá levado à morte de 98,7% da população humana.
Mas o estudo vai ainda mais longe e conclui que 65,8% da diversidade genética pode ter sido perdido devido a este perigo de extinção. Tudo porque esta perda de diversidade genética fez com que apenas um grupo mínimo de seres humanos conseguissem procriar com sucesso, reduzindo drasticamente o nascimento de mais indivíduos da espécie humana.
Por essa razão, é que foram necessários mais de 117 mil anos para que a Humanidade saísse da linha vermelha de extinção.
O coordenador do novo estudo, Yi-Hsuan Pan, afirma ainda que esta “descoberta abre um novo campo na evolução humana porque levanta muitas perguntas, como os lugares onde viviam, como superaram as catástrofes, e se a seleção natural durante este período acelerou a evolução do cérebro".
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