A OPPO estará a trabalhar nos seus próprios processadores para dispositivos móveis, mais concretamente para aplicação nos seus smartphones Android. Esta tese é amplamente aceite, sobretudo se tivermos em consideração os chips MariSilicon X e MariSilicon Y.
Tal como a Apple o tem feito há vários anos com os seus processadores específicos para os Apple iPhone, bem como a própria Google com os seus Tensor, a OPPO pode seguir o mesmo rumo.
Ainda que tal implique um sério investimento em R&D, os resultados e médio e longo prazo podem ser altamente gratificantes, sendo a Apple prova disso ao otimizar hardware e software de forma única.
OPPO prepara os seus próprios processadores para smartphones Android
Abonando esta tese estão os processadores de sinal de imagem e de sinal de Bluetooth já desenvolvidos pela OPPO e, aliás, já empregues nos seus smartphones. Em causa estão os processadores MariSilicon X e MariSilicon Y, este último apresentado durante o INNO Day 2022.
Atentando nas soluções já desenvolvidas pela fabricante chinesa, os chips já trazem melhorias significativas para a fotografia, bem como a qualidade de gravação de vídeo. Estes chips servem como auxílio para os ISP incluídos nos SoC's convencionais.
Além disso, espera-se que o novo chip de áudio, MariSilicon Y traga áudio sem perdas em streaming via Bluetooth, algo inédito. Este é talvez um dos feitos mais marcantes da OPPO no último ano, trazendo um novo padrão de qualidade para o áudio sem fios.
Tal como a Apple, também a OPPO deve desenvolver os seus próprios SoC's
Conforme as informações avançadas por um leaker chinês, a OPPO estará em negociações com a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) com o intuito de produzir chipsets segundo as suas especificações.
Os chipsets serão destinados para aplicação em smartphones e permitirão assim à OPPO otimizar não só o software, mas também o hardware. Ou seja, o utilizador final deverá beneficiar com esta mudança de paradigma.
A produção em massa destes componentes terá lugar no próximo ano, com disponibilização a partir do segundo trimestre de 2023, apontam as mesmas fontes. Para já, o design e arquitetura geral dos processadores estará a ser aperfeiçoado e finalizado.
Seguem-se os primeiros lotes de controlo, com a produção de pequenas quantidades com o intuito de testar a sua estabilidade e exequibilidade. Para a OPPO, este será um dos seus maiores feitos em 2023, o culminar de anos de investigação e trabalho.
Processadores 5G chegam no final de 2023 com litografia de 4 nm
Importa frisar que as informações foram avançadas pelo leake IceUniverse através da rede social chinesa Weibo. Esta é uma fonte com bom histórico de fiabilidade, pelo que pessoalmente acredito nesta tese à luz também do trabalho que tenho vindo a acompanhar junto da OPPO.
A empresa chinesa tem já pelo menos dois processadores viáveis, no mercado, sendo assim a conceção de um SoC o próximo passo lógico e natural. Para atingir este objetivo, a empresa terá contratado centenas de novos colaboradores, mas infelizmente não temos mais detalhes de momento.
Google escolheu a Samsung, OPPO e Apple a TSMC
Não obstante, será bastante interessante ver aquilo que a empresa tem em mente para os seus próprios processadores. Para já, a tecnológica terá encetado uma parceria com a TSMC com vista à produção destes chipsets, mas existem mais potenciais fabricantes de chips no mundo como a Samsung.
A propósito, note-se que a Google escolheu a Samsung para produzir os seus Tensor, ao passo que a Apple tem trabalhado com a TSMC para este mesmo fim. Ou seja, são cada vez mais as fabricantes de smartphones que procuram soluções próprias para os chipsets e soluções de processamento.
Entretanto, temos visto também a MediaTek a desenvolver novas soluções ao abrigo da sua arquitetura de fonte aberta, a Dimensity 5G Open Resource Architecture. O objetivo? Estimular mais fabricantes a personalizar os processadores desenvolvidos pela MediaTek para dar resposta às necessidades específicas.
Mais recentemente, vimos a OPPO a demonstrar interesse no desenvolvimento de processadores personalizados como a versão do chip MediaTek que equipa o OPPO Reno8 Pro, deveras poderoso.
Dito isto, aguardamos agora pelos próximos desenvolvimentos da fabricante chinesa e congratulamos a sua aposta no desenvolvimento de chips próprios.
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