A problemática dos serviços de IPTV Pirata continua a despertar críticas ao regulador europeu, desta feita pela associação dos principais estúdios de Hollywood, bem como pela Netflix. Com efeito, a gigante do streaming de filmes e séries online, junto da MPA (Motion Picture Association) clamam por medidas e regulações mais fortes junto da Comissão Europeia.
Ambas as entidades terão pedido ajuda ao regulador europeu para reforçar o combate aos serviços de IPTV pirata que continuam a crescer no mercado global. Para a MPA, apenas com medidas mais severas poderá este ecossistema pirata ser reduzido à insignificância, pois enquanto for uma atividade rentável, continuará a gerar receitas e a crescer.
Netflix e MPA pedem redobrar dos esforços no combate ao IPTV Pirata
O novo clamor coincide com a publicação da lista de conteúdos pirateados dentro e fora dos Estados Unidos da América que, mais uma vez, coloca o IPTV como uma das principais ameaças para a distribuição de conteúdos.
Em simultâneo, a Counterfeit and Piracy Watch List, publicada anualmente pela Comissão Europeia, colhe informações similares com o intuito de vigiar estas atividades ilegais.
Agora, tal como refere a publicação Torrentfreak, nas submissões recentes para a lista de 2022, a MPA e a Netflix somam os seus clamores por uma maior regulação e combate ao IPTV pirata.
O problema, contudo, não terá resolução fácil devido a vários fatores como a escala internacional das principais redes de distribuição de conteúdos.
O problema da pirataria resume-se ao lucro fácil dos serviços de IPTV
O testemunho de ambas as entidades sublinha a escala do problema e generalização da pirataria. Afirmando, mais concretamente, que um em cada quatro utilizadores de Internet visita páginas e websites piradas com o intuito de consumir conteúdos online.
Em simultâneo, apontam que estes serviços têm margens de lucro entre os 86% e os 93%, revelando a alta rentabilidade destas plataformas piratas. Por outro lado, para os utilizadores estes serviços representam também um risco para a sua segurança.
Mais concretamente, por serem serviços clandestinos, o risco de recolha ilegal de informações, exposição de dados bancários associados aos métodos de pagamento, por exemplo, e outras informações relacionadas é particularmente alto.
A subscrição mensal de serviços de IPTV pirata continua a aumentar em 2022
Há vários anos que os serviços de IPTV Pirata estão no centro desta atividade ilegal. As entidades envolvidas na distribuição e venda de canais de TV de sinal fechado, canais premium como a Sport TV, ou acesso à Netflix e outras plataformas continua a aumentar.
Por outro lado, o próprio regulador europeu, na forma da EUIPO, continua a recolher, sob a forma de lista, os principais websites e plataformas de distribuição deste conteúdo. Note-se, contudo, face à "vastidão e complexidade" do problema, a resolução continua a ser casuística, com o encerramento esporádico de cadeias de distribuição de IPTV Pirata.
Em suma, apesar dos clamores da Netflix, MPA e outras grandes entidades, o combate a este flagelo está como sempre esteve, de mãos atadas para a erradicação global dos serviços de IPTV.
Sport TV grátis e Netflix gratuito entre os "hot topics" em Portugal e no Brasil
A promoção descarada de pirataria é visão comum nos anúncios do Facebook, mas mais notória em redes sociais como o Twitter e YouTube. Todavia, é na plataforma Telegram que este fenómeno tem essencialmente rédea solta há já vários anos.
Não obstante, temos visto um intensificar do encerramento e acusação criminal dos responsável por várias redes de IPTV na Europa nos últimos anos. Ainda que tal reforço da atenção e combate a esta realidade não diminua a sua procura, denota pelo menos uma maior atenção do regulador europeu para esta atividade ilegal.
Por fim, também em Portugal assistimos a uma quase normalização destes serviços de distribuição ilegal de conteúdos. Algo que pode ser associado aos preços elevados dos canais e serviços legítimos de distribuição de conteúdos, bem como pela facilidade com que são apresentadas as opções "baratas".
Em suma, esta é uma realidade que dificilmente será admoestada e reduzida num futuro próximo. Apesar das pressões crescentes dos principais players do setor, o combate à pirataria continuará, para já, a ser casuístico na Europa e no restante Mundo.
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