Não podes confiar cegamente no teu smartwatch. Sabe aqui a razão

Mónica Marques
Mónica Marques
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Os smartwatches e smartbands ganharam popularidade pela monitorização de vários parâmetros de saúde e de rastreamento de atividade física. A maior parte, senão mesmo todos os utilizadores, orientam-se pelas métricas fornecidas pelos wearables.

Mas um estudo publicado recentemente mostra que os dados apresentados são menos precisos do que gostaríamos. Neste artigo mostramos-te a margem de erros de algumas das métricas apresentadas.

Métricas sobre calorias e sono são as menos fiáveis

smartwatch no pulso de uma pessoa
Alguns dados fornecidos pelos wearables podem ter uma margem de erro de até 20% Crédito@NamNguyen/Pixabay

O estudo, publicado pelo site Springer Link e divulgado pelo site Android Authority, mostra-nos alguns dos parâmetros mais precisos e também os menos fiáveis. Então entre os parâmetros menos fiáveis estão a contagem de calorias e a avaliação da qualidade do sono.

De acordo com as conclusões do novo estudo, os dados de calorias fornecidos pelos wearables têm uma margem de erro entre os 15% a 20%. Estamos perante valores elevados que podem induzir em erro os utilizadores que se guiam por estas métricas, por exemplo, para perder peso.

No mesmo sentido, a monitorização do sono também se mostrou menos precisa do que o desejável. De acordo com os dados do novo estudo, a métrica de eficiência do sono tem uma margem de erro de 10%.

Mas nem tudo é negativo. O mesmo estudo concluiu que a monitorização do batimento cardíaco tem uma margem de erro mínima de 3%. Mais: esta reduzida margem de erro aplica-se à maior parte dos wearables disponíveis no mercado.

As duas métricas mais fiáveis

Também a variabilidade da frequência cardíaca, assim como os potenciais sinais de arritmia mostraram-se bastante fiáveis. Existem, aliás, várias histórias de sucesso relatadas por utilizadores que procuraram ajuda médica assim que os seus wearables detetaram anomalias cardíacas.

O mesmo estudo indica que a monitorização dos níveis de oxigénio no sangue também provou ser mais precisa, apresentando consistentemente estimativas sólidas, bastante próximas da realidade.

Contas feitas, há métricas que os utilizadores podem seguir mais à risca, mas há outras que precisam de ser otimizadas para apresentar valores mais fiáveis.

Continua a ser recomendado, até pelas marcas de wearables disponíveis no mercado, que os dispositivos sejam usados com discernimento e que os dados sejam considerados como meramente indicativos.

Mónica Marques
Mónica Marques
Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt