Motorola e Nokia têm estratégias bem mais semelhantes do que se possa imaginar

Pedro Henrique
Pedro Henrique
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Motorola e Nokia. Duas marcas (e empresas) totalmente distintas em tantos aspetos, e tão semelhantes noutros. Há já algum tempo que andava para escrever esta opinião - sim, isto é um artigo de opinião - sobre duas empresas que estão a fazer um excelente trabalho no mercado dos smartphones. Cada uma à sua maneira.

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Por isso, esquecendo as variadíssimas diferenças entre uma e outra, foquemo-nos nas semelhanças quanto ao momento atual. Em primeiro lugar, a Motorola e a Nokia estão submetidas à Lenovo e HMD, respetivamente. Contudo, nada as impediu (ou impede) de fazerem deste ano de 2017 algo memorável para as mesmas.

A aventura entre Motorola e Nokia começou no MWC...

Aliás, foi no Mobile World Congress que ambas revelaram o início dos seus planos para este ano. A Motorola apresentou os fantásticos Moto G5S e G5S Plus, também nove. Ou seja, até aqui vemos que, embora diferentes, as suas estratégias são altamente parecidas. Porque será?

E quanto a preços? Bom, então aqui é que se pode ver no que andam as duas a pensar. Não analisando casos específicos, ambas praticam preços bastante acessíveis. Isto é, os preços são o que são, poderiam ser mais baixo é certo. Contudo, frisa-se a ideologia do "a este preço pouco ou nada melhor terás". As especificações e qualidade de construção são boas e, vendo de quem provêm, tornam os smartphones em peças tecnológicas altamente aceitáveis.

Serão quatro ou cinco as semelhanças entre Motorola e Nokia?

Todavia, há mais dois aspetos que estas empresas partilham, para além do design dos seus terminais ser bastante homogéneo, ou do facto de terem preços cativantes. Em primeiro lugar, e escrevo isto com um enorme sorriso, não inventam a nível de software.

O Android que está presente nos smartphones da Motorola e da Nokia, ainda que ligeiramente diferente, pode considerar-se como (quase) puro. Quer isto dizer que, para além de ser mais simples obter atualizações, é também menos provável que os terminais fiquem obsoletos mais depressa. Esta política é, por isso, só mais uma vantagem de muitas que caracteriza estas duas marcas.

Por fim, num segundo momento, o poder da marca. Uma marca vale muito, muito mesmo. E depois de muitas carambolas, de ambas, atenção, a Motorola e a Nokia continuaram a ser fortíssimas nos mercados onde entravam.

É claro que, por diversos momentos, fica difícil fazer melhor e talvez se fique aquém das expectativas dos consumidores ou utilizadores - ou seja, do público em geral. Porém, quando duas empresas como estas, autênticas estrelas do mercado que, outrora, foram aquilo que a Apple é hoje, o que é preciso é uma boa estratégia de mercado.

E isso, caros leitores, não falta a nenhuma das duas empresas visadas aqui hoje. Cada uma delas sabe que o mercado que fez delas estrelas não é o mercado atual. Contudo, a sua adaptação à conjuntura possibilitou o que vemos hoje: duas companhias, revestidas por grandes marcas, a fazerem um excelente trabalho.

Há que notar que não estou aqui a dizer que estas duas empresas são melhores que as outras. Nem estou a dizer que não têm falhas ou que não cometem erros. Não é isso. Por exemplo, acho um erro por parte da Motorola lançar os G5S brevemente. Os utilizadores dos G5 - lançados em março - ainda sentem o cheiro a novo do seu smartphone e já há um sucessor?

No entanto, mesmo que haja diferenças entre elas e que, mesmo assim, uma seja proveniente dos Estados Unidos e outra da Finlândia - dois lugares altamente distintos - voltaram com tudo este ano, o de 2017.

E não foi por acaso com certeza. Também há já algum tempo que dizia isso e, de facto, verificou-se nestes dois casos. Dizia até, no final do ano passado, que era tempo de as restantes fabricantes se começarem a preocupar com estas duas, principalmente com a Nokia (que pode dizer-se que só chegou este ano).

Por último, e numa breve introdução a um segundo (e último) artigo de opinião relacionado com este tema, deixo uma breve nota em tom de questão.

Para mim, há uma empresa que parece claramente aquela que estas duas, Motorola e Nokia, pretendem atacar. Qual será?

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