Desde junho, a Meta (Ex-Facebook) notifica os seus funcionários sobre as novas regras de retorno ao escritório. Em vigor deste a última terça-feira, a atual norma exige o retorno dos profissionais aos locais físicos da empresa pelo menos três dias da semana.
A exigência afeta apenas aqueles funcionários que foram originalmente contratados para trabalho presencial e tiveram o modelo remoto aplicado desde a pandemia de Covid-19. Ou seja, a lista atual de trabalhadores remotos não deve entrar no modelo híbrido que a empresa aplica no momento.
Decisão faz parte do "Ano da Eficiência" da Meta
Em março deste ano, o CEO Mark Zuckerberg escreveu um texto no blog da Meta a sugerir a atualização da política de trabalho remoto como parte do “Ano da Eficiência” da empresa. De acordo com o CEO, uma análise interna comprovou que os engenheiros em trabalho presencial produziam mais.
“A nossa análise inicial dos dados de desempenho sugere que os engenheiros que ingressaram na Meta pessoalmente, e depois foram transferidos para o trabalho remoto, ou, permaneceram pessoalmente tiveram melhor desempenho, em média, do que as pessoas que já ingressaram remotamente”, escreveu Zuckerberg na época.
Segundo o CEO, a análise ainda chegou à conclusão de que engenheiros no início de suas carreiras têm melhor desempenho médio quando trabalham pessoalmente, e em contacto com colegas de equipa durante pelo menos três dias por semana.
Como exemplo do que empresas por todo o mundo fizeram durante a pandemia, a Meta estendeu a política de trabalho remoto a todos os seus funcionários em 2021. E por algum tempo, as possibilidades e as vantagens do teletrabalho pareceram vir para ficar.
Zuckerberg chegou a afirmar que a experiência fez com que a empresa aprendesse que um bom trabalho pode ser feito em qualquer lugar. "Estou ainda mais otimista de que o trabalho remoto em grande escala seja possível, especialmente à medida que a presença remota de vídeo e a realidade virtual continuam a melhorar”, declarou na época.
Outros gigantes da tecnologia estão a optar pelo trabalho híbrido
Nos últimos meses, várias gigantes da tecnologia recuaram na aplicação do modelo remoto de trabalho e optaram por um regime híbrido ou 100% presencial. Sobre o novo formato que exige a presença de funcionários em três dias da semana nos escritórios da Meta, um porta-voz da empresa justificou a decisão também nas possíveis vantagens da experiência presencial.
“No curto prazo, nosso foco presencial foi projetado para apoiar uma experiência forte e valiosa para nossos funcionários que optaram por trabalhar no escritório, e estamos a ser cuidadosos e intencionais sobre onde investimos no trabalho remoto”, declarou o porta-voz à CNBC.
Empresas como a Alphabet (dona do Google e de várias outras companhias vinculadas) e a Amazon também reverteram suas políticas de trabalho remoto. Na Amazon, alguns funcionários foram orientados a se mudarem de cidades ou até mesmo estados para atenderem às demandas.
Ainda em agosto, o Zoom, empresa de tecnologia fortemente ligada ao modelo de trabalho remoto anunciou a mudança para um sistema híbrido. Lembramos que o Zoom foi uma das grandes responsáveis por proporcionar ferramentas para o trabalho remoto durante a pandemia.
Contudo, a empresa de salas virtuais emitiu um comunicado no mês passado a exigir que funcionários que morem a uma distância de até 80 km do escritório trabalhem em um modelo híbrido, que deve incluir pelo menos dois dias da semana no escritório físico da empresa.
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