As operadoras em Portugal, como a MEO, NOS, Vodafone ou mesmo a nova DIGI, fornecem routers que, na maioria das vezes, são básicos e têm um alcance de Wi-Fi limitado. A boa notícia é que não tens de viver com isso. A melhor solução é comprares o teu próprio router, um que seja mais potente e te dê o desempenho pelo qual estás a pagar.
Trocar o router da operadora por um teu traz vantagens imediatas. Vais ter um melhor alcance de sinal em toda a casa, maiores velocidades de Wi-Fi, acesso a tecnologias mais recentes (como Wi-Fi 6, 6E ou 7), e muito mais funcionalidades. Falamos controlos parentais avançados, gestão de prioridade para gaming (QoS) ou a possibilidade de criares uma VPN.
Mas que router deves escolher? Com tantas opções no mercado, selecionámos 5 boas alternativas para diferentes necessidades e carteiras em 2025.
1. TP-Link Archer AX55 (ou ASUS RT-AX57): escolhas acessíveis com Wi-Fi 6
Para a esmagadora maioria das pessoas com planos até 1Gbps, não precisas de gastar uma fortuna. Um bom router Wi-Fi 6 como o TP-Link Archer AX55 ou o ASUS RT-AX57 (que encontras entre os 50 e os 90 euros) já representa um salto brutal face ao router da operadora, com melhor alcance e velocidades mais estáveis.
2. TP-Link Archer BE550 (ou Tenda BE5100): boas opções com Wi-Fi 7
Queres preparar-te para o futuro sem ires à falência? O Archer BE550 (ou o Tenda BE5100 é um dos routers Wi-Fi 7 mais acessíveis. Já te dão acesso às novas bandas de frequência de 6GHz, velocidades até 2,5Gbps e menor latência. É uma ótima aposta a longo prazo para tirares partido dos teus novos gadgets.
3. ASUS RT-AX86U Pro: boa opção para os gamers (Wi-Fi 6)
Este modelo da ASUS é um router adorado entre os gamers por uma razão. Tem um desempenho super robusto, portas de 2,5 Gbps, um software recheado de funcionalidades para gaming (como o modo de jogo móvel) e a proteção AiProtection Pro para manter a tua rede segura. É uma escolha de topo para quem leva os jogos online a sério.
4. TP-Link Deco BE3600: sistema Mesh para casas grandes (Wi-Fi 7)
Se vives numa casa com vários pisos ou paredes grossas onde o sinal não chega a tua solução é um sistema Mesh. O TP-Link Deco BE3600 é uma das opções mais acessíveis com Wi-Fi 7. Consiste em duas ou três unidades que espalhas pela casa e que criam uma única rede Wi-Fi, forte e estável em todo o lado. Acabaram-se as "zonas mortas".
5. ASUS ROG Rapture GT-BE98: o router de topo para quem quer o melhor
Tens uma ligação de 10 Gbps e queres o máximo de desempenho sem olhar a custos? Este router da ASUS é um verdadeiro monstro. Com velocidades BE19000, duas portas de 10Gbps e todas as funcionalidades de software avançadas da ASUS, é o router ideal para os power users mais exigentes que querem tirar o máximo partido da sua ligação à internet.
Já compraste o router novo, e agora? Depende da operadora
Após comprares o teu novo router, o processo de instalação não é igual para todos. O método de configuração é diferente se fores cliente MEO, NOS, Vodafone ou DIGI. Explicamos-te as diferenças.
Para clientes MEO e NOS
Tanto os routers da MEO (FiberGateway) como os da NOS (mais recentes) permitem, regra geral, a ativação do "Modo Bridge". Isto transforma o aparelho da operadora num simples "modem", que apenas passa o sinal de internet para o teu novo router.
É o teu novo router que passa a fazer todo o trabalho pesado: gerir o Wi-Fi, as ligações, etc. O processo geral é simples: ligas-te ao painel do router da operadora (em 192.168.1.254 ou 192.168.1), procuras a opção "Modo Bridge", ativas (normalmente na porta LAN 4), e depois ligas o teu novo router (na porta WAN) a essa porta específica do router antigo.
Deves ter atenção que ao ativares o Modo Bridge, podes perder o serviço de televisão se a tua box estiver ligada ao teu novo router. Em muitos casos, a box de TV tem de continuar ligada diretamente ao router da operadora para funcionar.
Para clientes Vodafone
Aqui a história é mais complicada. Ao contrário da MEO e da NOS, segundo o que conseguimos apurar, a Vodafone Portugal não disponibiliza a opção de Modo Bridge nos seus routers para clientes residenciais.
Esta funcionalidade está, por norma, reservada a clientes empresariais, muitas vezes com um custo adicional. A solução de recurso para muitos utilizadores passa por configurar o novo router na "DMZ" (zona desmilitarizada) do router da Vodafone. É um processo mais técnico que não é um verdadeiro modo bridge, mas que encaminha a maior parte do tráfego para o teu novo equipamento.
Para clientes DIGI
Se és cliente DIGI, o processo é totalmente diferente, porque, segundo a informação disponível, os routers da DIGI não têm Modo Bridge. Mas não te preocupes, a solução até pode ser mais "limpa". Primeiro, tens de contactar o apoio ao cliente da DIGI e pedir as tuas credenciais de ligação PPPoE (um nome de utilizador e uma password). Assim que tiveres esses dados, o processo é:
- Desligas completamente o router da DIGI.
- Ligas o cabo de rede que sai do ONT (aquela caixinha branca onde o cabo de fibra entra) diretamente à porta WAN/Internet do teu novo router.
- Acedes ao painel de configuração do teu novo router.
- Nas definições de Internet, escolhes o tipo de ligação como PPPoE.
- Introduzes o nome de utilizador e a password que a DIGI te forneceu (e, por vezes, a VLAN ID 20).
- Guardas as definições, e pronto. O teu novo router fica a controlar toda a ligação diretamente, sem intermediários.
Em qualquer dos casos, será sempre uma boa opção contactares a tua operadora antes de avançar para uma mudança deste género. Cada caso é um caso, e as políticas das operadoras estão em constante mudança.
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