Quem acompanha o Youtube desde os seus primórdios deve conhecer o canal Machinima. É um dos maiores canais de conteúdo gaming onde dezenas de criadores ganharam reputação.
Numa altura em que a única forma de monetizar o conteúdo era através do programa de parceiros do Youtube, o Machinima trouxe uma alternativa. Infelizmente, tudo isso terminou de acordo com o EuroGamer.
Por incrível que pareça, o Youtube nem sempre foi tão receptivo a conteúdo gaming. O Machinima permitiu a youtubers monetizar o seu conteúdo alternativo, ainda que nem sempre da melhor forma.
Machinima torna todo o seu conteúdo indisponível, apagando mais de 10 anos de história
A verdade é que o canal Machinima estava nas últimas. Em primeiro lugar, múltiplos criadores debaixo da sua "asa" queixavam-se dos contratos e da falta de transparência da marca. As visualizações do canal estavam demasiado baixas para a sua base de subscritores, que descia dia após dia.
Em segundo lugar, no final de 2018, a Machinima foi comprada pela Fullscreen, uma MCN (Multi-channel Network). Esta junção só piorou a situação pois atualmente compensa mais para um criador simplesmente utilizar o programa de monetização do AdSense.
Em terceiro lugar, possivelmente a pedido da Fullscreen, todo o conteúdo do canal foi colocado indisponível, sem aviso prévio. Dezenas de criadores ficaram sem acesso ao seu conteúdo original e milhares de utilizadores perderam acesso aos seus vídeos favoritos.
As consequências das redes de Youtube
As redes de Youtube basicamente são empresas que recrutam Youtubers e prometem receitas garantidas, mesmo com poucas visualizações. O problema é que a longo prazo essas redes não apoiam os criadores mais pequenos nem os ajudam a crescer.
Quando o criador se apercebe disto, tem o seu canal preso a um contrato e a única maneira de sair é fechar o canal ou receber repetidos avisos de violação das normas do Youtube (o que pode levar um canal a ser apagado de qualquer forma).
No caso do Machinima, dezenas de criadores trabalhavam unicamente para o canal e eram remuneradas por isso. Agora que todo o seu conteúdo foi apagado, vêm-se obrigadas a trabalhar para a Fullscreen ou começar do zero.
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