Inteligência Artificial da Google tem um desafio: jogar cartas!

António Guimarães
António Guimarães
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Nos últimos anos temos visto uma grande aposta nas tecnologias de inteligência artificial. Seja nas câmaras, nos processadores ou nas aplicações, representa um grande avanço tecnológico.

As inteligências artificiais actualmente conseguem executar um monte de acções. Acções essas que nunca seriam plausíveis que um computador as conseguisse fazer.

Existem robots advogados que conseguem dar conselhos legais válidos. Há robots que fazem parkour ou que até pintam quadros. Mas a DeepMind Technologies quer mais.

Na Universidade de Oxford, as I.A. treinarão a jogar "Hanabi", um jogo de cartas

A DeepMind Technologies pertence à Alphabet. Esta última é o conglomerado de empresas da Google que se dedica a vários campos.

Nesse sentido estão a ser desenvolvidas formas das inteligências artificiais jogarem um certo jogo de cartas chamado Hanabi. Este é um jogo de cartaz peculiar baseado na palavra japonesa para fogos de artifício.

Hanabi os jogadores tem de trabalhar em equipa para fazer uma série de cartas numa ordem específica para activar os fogos de artifício. Uma das regras que faz deste jogo único é que cada jogador pode ver todas as cartas menos as suas.

Portanto, em que campo está isto relacionado com inteligência artificial? De acordo com um dos estudantes em Oxford, Jakob Foerster, a maioria dos jogos são competitivos. Xadrez, Poker ou mesmo jogos online. Este tipo de jogos normalmente não motiva jogadores a cooperar ou a comunicar uns com os outros.

Com efeito, o Hanabi representa uma oportunidade para um grande desafio nesta área. Este jogo requer análise das intenções, comportamentos e pontos de vista de outros jogadores. Estes aspectos de comunicação não existem nas I.A. mas poderão existir.

Mas como poderá ser feito?

Em primeiro lugar, uma das primeiras tentativas será colocar várias inteligências artificiais a jogar Hanabi umas com as outras. Obviamente que isto requer uma quantidade e capacidade de cálculo enormes. É um grande desafio para uma máquina calcular todas as potenciais combinações num baralho de 50 cartas.

Em segundo lugar, o mais difícil. Colocar uma inteligência artificial a jogar com outros seres humanos. A ideia de uma máquina conseguir aprender a interpretar seres humanos como um igual é filosoficamente desafiante.

Os investigadores afirmam que embora esta seja uma tarefa hercúlea, estamos na altura certa para começar a apostar neste tipo de estudos. São necessários grandes avanços para que isto aconteça mas ao ritmo das coisas, pode ser mais cedo do que pensamos.

Em suma, ainda precisamos de algum tempo para atingir tais feitos, se sequer são possíveis. Jakob Foerster ainda afirma que mesmo que não seja possível, é a vontade de inovar que os motiva a continuar a investigar.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.