Há duas décadas, uma mulher de 30 anos sofreu um derrame cerebral que a deixou paralisada e com uma capacidade de comunicação altamente limitada.
Mas, agora, passados 20 anos, a mesma mulher conseguiu comunicar de forma autónoma e incorporada graças a uma neurotecnologia inovadora, baseada em Inteligência Artificial.
Neurotecnologia baseada em Inteligência Artificial permite comunicação autónoma
A tecnologia de Inteligência Artificial está também a ser utilizada, com sucesso, na área da saúde. Recentemente, a revista Nature publicou os resultados de uma descoberta que potencialmente abre um novo caminho muito prometedor.
Há 20 anos, Ann Johnson, com 30 anos na altura, sofreu um derrame cerebral que a deixou paralisada e a sofrer da síndrome de encarceramento. Durante os últimos 20 anos esta mulher consciente e com capacidade de raciocínio, comunicava de forma limitada, por não ter conseguido recuperar os músculos necessários à fala após o derrame cerebral.
Mas um novo implante cerebral baseado em Inteligência Artificial conseguiu que esta paciente comunicasse de forma autónoma passadas duas décadas. Johnson fez uma cirurgia para implantar no seu cérebro uma fina camada de 253 elétrodos que são capazes de receber e perceber os sinais enviados pelo cérebro.
Esses mesmos sinais são depois sintetizados num discurso oral e com expressões faciais através de um avatar, gerado por computador. Por outras palavras, o implante consegue ler os pensamentos de Ann Johnson e transmitir para o exterior não só o discurso oral, como também as expressões faciais de cada comunicação.
Objetivo é restaurar comunicação plena e incorporada
Ann Johnson antes desta cirurgia conseguia comunicar cerca de 14 palavras por minuto, através de um dispositivo que responde a movimentos da sua cabeça. Agora, com esta neurotecnologia IA, consegue comunicar quase 80 palavras por minuto.
“O objetivo é restaurar uma forma de comunicação plena e incorporada que é a maneira mais natural de as pessoas conversarem”, afirmou Edward Chang, presidente de cirurgia neurológica da Universidade da Califórnia. O mesmo responsável acrescentou ainda que “estes avanços aproximam mais os investigadores de tornar esta uma solução real para todos os doentes”.
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