Com o trabalho remoto ou híbrido aumentou de forma significativa a utilização dos notebooks, e com eles surgiu a possibilidade de sairmos da secretária e usá-los em qualquer parte da casa, ou mesmo fora de portas.
A autonomia tornou-se assim num fator essencial para garantir essa liberdade de utilização, embora o equilíbrio entre o desempenho e uma autonomia de muitas horas continue a ser uma característica nem sempre conseguida pelos fabricantes.
Até agora cabia aos Apple MacBook a fama de oferecerem as melhores prestações ao nível da duração da bateria com uma carga, em algumas condições na ordem das 22 horas. Mas a Intel poderá ter criado as condições para o reinado da Apple terminar a este nível.
Chips Lunar Lake ditam novas regras
Para a sua nova geração de processadores móveis Lunar Lake, cujos primeiros modelos deverão chegar ao mercado dia 24 de setembro, a Intel tem prometido uma eficiência energética sem precedentes.
Os dados do fabricante sugerem uma redução de 50% no consumo de energia, em comparação com modelos com outros CPUs, podendo chegar a mais de 20 horas de duração da bateria.
Os valores avançados pela Intel até ficam aquém do que a Apple indica para os seus MacBook Air e MacBook Pro, mas um teste de bateria divulgado pela Lenovo sugere o contrário. A marca usou o seu Yoga Slim 7i Aura Edition, equipado com um chip Core Ultra 7 258V, e os resultados com a bateria usada terão ‘pulverizado’ a autonomia dos portáteis da Apple.
De acordo com o Digital Trends, o teste realizado pela Lenovo envolveu a reprodução de vídeos locais e resultou numa autonomia de 23 horas e 54 minutos, “superando os MacBooks [com processadores] M2 e M3 em mais de cinco horas”.
A Lenovo não esclarece que modelos de MacBook usou para fazer a comparação, limitando-se a indicar que a bateria do MacBook com M2 durou 18 horas e 19 minutos, enquanto a bateria do MacBook com M3 chegou às 18 horas e 32 minutos.
Autonomia de 24h é possível, mas a que preço?
Só após o lançamento dos primeiros portáteis baseados no novo chip da Intel será possível ter mais testes e comparações relativos à autonomia real das baterias. Mas a verdade é que o teste da Lenovo é oficial, o que deixa no ar que será possível chegar às 24H de autonomia em portáteis com Lunar Lake.
A Intel apostou numa nova abordagem aos seus processadores para priorizar a eficiência energética, mas está ainda por esclarecer até que ponto o desempenho não é comprometido. O Digital Trends deixa no ar esta questão, sugerindo que os portáteis com Lunar Lake poderão ter dificuldades em cargas de trabalho ‘altamente encadeadas’.
A partir de 24 de setembro poderemos esclarecer esta e outras dúvidas.