Huawei com apoio do governo desafia EUA com nova rede de processadores

Mónica Marques
Mónica Marques
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Parece que a Huawei encontrou uma forma de desafiar as pesadas sanções norte-americanas e, alegadamente, conta com apoio monetário do governo chinês.

De acordo com as agências de notícias Bloomberg e Reuters, a marca chinesa está a construir uma nova rede de fabrico de semicondutores que poderá adquirir indiretamente componentes com tecnologia norte-americana.

Huawei terá adquirido duas fábricas e vai construir mais três, alega SIA

imagem de vários smartphones com a palavra Huawei escrita nos ecrãs
Em 2019, os EUA consideraram a Huawei uma empresa que podia ameaçar sua segurança nacional Crédito@GerdAltmann/Pixabay

A Associação da Indústria de Semicondutores (SIA) afirma que a Huawei está a criar uma nova rede de produção de semicondutores, na China. Tudo para conseguir contornar as pesadas sanções norte-americanas e para atingir as metas tecnológicas da China.

A notícia está a ser divulgada pelas agências de notícias Bloomberg e Reuters que avançam que, alegadamente, o governo chinês está a contribuir para esta construção com um pacote de 30 mil milhões de dólares, aproximadamente 27 mil milhões de euros.

De acordo com um relatório da SIA, ao qual a Bloomberg terá tido acesso, a Huawei já adquiriu duas fábricas e vai construir mais três instalações para criar esta rede de produção de semicondutores.

A organização SIA alerta para o facto de a Huawei não apresentar publicamente o seu envolvimento neste projeto, de forma a conseguir contornar as sanções norte-americanas que a impedem de adquirir e usar tecnologia “made by USA”.

Esta nova rede de produção, alegadamente, funciona como uma espécie de “testa de ferro” para que a marca chinesa consiga importar e trabalhar com material norte-americano nestas instalações.

Quando contactados pela agência Reuters para comentar esta notícia, tanto a Huawei como a Associação da Indústria de Semicondutores optaram pelo silêncio. Já o Departamento do Comércio dos EUA respondeu à Bloomberg que, a confirmar-se esta informação, “não hesitará em tomar as medidas apropriadas para proteger a segurança nacional do país”.

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Mónica Marques
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Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt