Google Pixel e Pixel XL: Porquê tanta demora?

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 3 min.

Já faz tempo que o motor de busca mais famoso do mundo apresentou os seus novos Google Pixel, os primeiros smartphones em nome próprio. Corria o mês de outubro e, desde então, a Europa continua sem sinal do único equipamento capaz de fazer frente ao iPhone da Apple.

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Nós portugueses estamos bem habituados aos iPhone's e Galaxy's e pouco mais. Ávidos de boas pechinchas, o português não é muito exigente quanto ao seu smartphone. Tem que ser bonito, não pode ser lento e de preferência que tire boas fotos. Se o orçamento não for problema, a escolha recai indubitavelmente sobre o iPhone. Temos sempre alguns fãs do Android que preferem os equipamentos da Samsung, especialmente da linha Galaxy S e uns quantos entusiastas da Huawei.

Esta é a realidade que tantas vezes observei em múltiplas lojas físicas e pontos de venda das operadoras. iPhone é sempre a primeira escolha, apesar de por vezes a carteira obrigar à escolha de um Galaxy A3/A5.

A Google tinha, no mercado europeu e mesmo no mercado brasileiro, uma oportunidade de ouro. Aliás, de acordo com o Filipe Alves, residente no Reino Unido, o Google Pixel e Google Pixel XL são a nova moda entre os consumidores britânicos, um tradicional bastião da Apple.

Não entendo o porquê de tanto a atraso em chegar aos mercados europeus, nada de Google Pixel na França, Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, Portugal, etc. Porquê? Estará a Google sem fundos para encomendar mais uns quantos lotes do Google Pixel? Pois, não me parece! O Google Pixel e Pixel XL, apesar de não terem qualquer indício evidente, são fabricados pela HTC, uma construtora perfeitamente capaz de abastecer o mercado europeu com unidades suficientes e podemos também excluir a falta de fundos por parte da Google. Certo?

Estará o Google Assistant a reter o Google Pixel?

A Google já não tem desculpas para não vender o seu Pixel e Pixel XL em território luso. Nos Estados Unidos e Reino Unido podemos comprar sem qualquer problema um destes equipamentos. Em Portugal só através de revendedores e aí o preço sobe...

Só consigo chegar à conclusão de que este atraso na chegada aos vários mercados europeus se prende com o desenvolvimento do Google Assistant. Perfeitamente funcional em inglês, o assistente virtual da Google ainda precisa de meses ou anos de trabalho para que possa ser útil nos demais idiomas europeus.

Contudo, já passaram mais de 3 meses desde o lançamento do Google Pixel e Pixel XL, demorará assim tanto a tradução do assistente virtual para outros idiomas? Estará a Google com receio de se aventurar na Europa?

Uma coisa é certa, à medida que o tempo passa veremos novos topos de gama com especificações ainda mais potentes como o Qualcomm Snapdragon 835 (processador), 8GB de memória RAM e tantos outros números gordos, ao passo que a Google continuará uma desconhecida no mercado dos smartphones em território europeu.

Perdoem-me o desabafo mas esta questão já há muito me que me estava a incomodar e continuo sem conseguir encontrar uma causa, uma resposta para este mistério dos Google Pixel desaparecidos.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.