A Google acabou de alterar as suas políticas de conteúdo de forma a proibir todas as apps cujo propósito é vender ou facilitar o uso marijuana. No entanto, nos Estados Unidos, esta questão tem uma área moral algo cinzenta.
Os novos parâmetros da Google proíbem apps que:
- Permitam aos utilizadores comprar marijuana através de um 'carrinho de compras' dentro da app
- Ajudar os utilizadores a agendar entregas ou levantamentos de encomendas de marijuana
- Facilitem a venda de produtos que contenham THC
Em certos estados como Los Angeles e Califórnia, a compra de marijuana é legal em lojas físicas, com a devida autorização médica. No entanto as regras da Google dizem que "não permitimos apps que facilitam a venda de marijuana, independentemente da sua legalidade".
Assim sendo, com estas novas regras a Google irá provavelmente remover as duas apps mais populares relacionados com marijuana: Weedmaps e Eaze.
Ambas as aplicações permitem ao utilizador encontrar lojas que vendam marijuana, classificá-las e não só. Utilizadores podem também comprar diretamente através da app ou pagar e levantar posteriormente em loja.
Sendo claras violações das regras mencionadas da Google, estas apps vão certamente desaparecer da Play Store, embora ainda estejam ativas na altura deste artigo.
A Google quer uma Play Store mais segura para crianças
Ainda hoje, a Google instaurou novos parâmetros para os programadores que quiserem desenvolver apps para o público infantil. Este esforço e a proibição das apps de marijuana são tentativas de criar uma loja mais child-friendly e um ambiente melhor para os jovens utilizadores.
Embora o consumo seja legal em alguns estados dos EUA, é inaceitável que uma criança tenha acesso a aplicações de marijuana que permitam a compra e a descoberta de localizações de lojas que vendam produtos com THC.
Por isso é que a Google podia ter aprendido com a Apple, neste caso. A App Store contém as duas mesmas aplicações mas com restrições para maiores de 17 anos. Embora não seja a solução perfeita, certamente é a mais lógica, visto que as lojas de aplicações são supostamente neutras no que toca a estes assuntos.