Uma pesquisa recente da Reuters/Ipsos mostrou que muitos trabalhadores nos Estados Unidos da América estão a recorrer ao ChaGPT para executar tarefas básicas.
Esta febre está a fazer soar alarmes por todo o país por poder resultar em violações do direito de propriedade intelectual e fugas de informação sobre estratégia.
Apenas 22% dos entrevistados confirma que a sua empresa permite o uso de ChaGPT
O uso do ChaGPT está generalizado por todo o mundo, seja numa perspetiva de entretenimento ou profissional. Recentemente, a Reuters em conjunto com a Ipsos fez um estudo nos EUA que demonstra que muitos trabalhadores norte-americanos recorrem à plataforma de Inteligência Artificial generativa para executar tarefas básicas.
Esta prática levou a que várias empresas de segurança fizessem soar todos os alarmes, mostrando que este processo de trabalho pode violar direitos de propriedade intelectual e até dar origem a fugas de informação sobre estratégias empresariais.
De acordo com a pesquisa efetuada, vários trabalhadores recorrem ao ChatGPT para redigir e-mails, resumir documentos e também fazer pesquisas preliminares.
Neste estudo, 28% dos entrevistados assumiu que usa a plataforma de Inteligência Artificial generativa frequentemente e apenas 22% dos trabalhadores da pesquisa confirmou que as suas empresas permitem o uso desta ferramenta.
Já 10% dos entrevistados assumiu que as chefias hierárquicas proibiram explicitamente o uso do ChatGPT enquanto 25% não sabia sequer se a sua empresa permitia o uso desta plataforma para execução de tarefas laborais.
Bem King, vice-presidente da empresa de segurança Okta, explicou que “as pessoas não percebem como os dados são usados quando usam os serviços de Inteligência Artificial generativa”. O mesmo responsável esclareceu ainda que os utilizadores não têm um contrato com este tipo de plataforma e, por essa razão, empresas como a OpenAI não correm riscos.
Confrontada com esta situação, a OpenAI não quis fazer comentários sobre as implicações da utilização do ChatGPT por trabalhadores de empresas, mas sublinhou que os dados de parceiros corporativos não estão a ser usados para treinar o chatbot, a não ser que seja dada uma autorização explícita.
Samsung proíbe uso de IA e Coca-Cola cria a sua própria plataforma
Mas enquanto algumas empresas optam por medidas drástica, outras tentam usar a tecnologia em seu próprio proveito.
De acordo com a Reuters, a Samsung proibiu os seus funcionários, a nível global, de usar o ChatGPT ou plataforma de IA generativa semelhantes. Tudo porque descobriu que um funcionário seu tinha carregado para a plataforma um código confidencial.
Já a Coca-Cola seguiu por um caminho totalmente diferente. A conhecida marca de refrigerante lançou, internamente, a sua versão corporativa do Coca-Cola ChatGPT para produtividade para melhorar o desempenho e eficácia das suas equipas.
Já a Alphabet, tal como a agência Reuters noticiou em junho, alertou os funcionários para o uso deste tipo de plataformas, incluindo o Bard da Google, enquanto promove o produto a nível global.
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