Ex-funcionários enumeram as dez piores razões de trabalhar na Google

Filipe Alves
Filipe Alves
Tempo de leitura: 3 min.

Todas as pessoas que trabalham com tecnologia já devem ter tentado imaginar como é trabalhar na Google. Fazer parte da equipa da empresa pode parecer um sonho para muitos, já que ela foi listada várias vezes como uma das melhores para se trabalhar. Só que, de acordo com alguns ex-funcionários, talvez não seja o paraíso que muitos acreditam ser.

Uma pesquisa feita pelo site Quora reuniu vários funcionários e ex-funcionários da Google para saber quais são os pontos negativos de se trabalhar na empresa. O site Business Insider conseguiu uma lista com as dez principais reclamações daqueles que já estiveram (ou ainda estão) envolvidos com a gigante.

As principais razões são as seguintes:

1) Todos os funcionários são altamente formados, que consequentemente faz com que alguns sejam sub-aproveitados.

Graças ao seu status, a Google consegue contratar apenas a nata das universidades dos EUA, mas para realizar funções mundanas, como remover vídeos do YouTube. De acordo com alguns funcionários, apesar de a remuneração ser considerável, a satisfação profissional de muitos é praticamente nula, pois executam tarefas que qualquer cidadão comum consegue realizar.

2) A Google é só mais uma grande corporação.

De acordo com alguns funcionários, apesar de parecer algo completamente diferente, o ambiente dentro da Google é o de uma grande corporação, com escritórios comuns, como os de qualquer outra empresa.

3) Grande parte dos Engenheiros são medíocres.

Apesar de muitos acreditarem no contrário, uma das maiores reclamações, é a de que os engenheiros da Google são medíocres, mas por trabalharem na empresa, mostram-se arrogantes. De acordo com os funcionários, eles não aceitam sugestões, fazendo-se usar das habilitações académicas e do cargo que ocupam para inferiorizar os outros.

4) Os Gerentes são tal e qual os Engenheiros.

Assim como acontece com os engenheiros, os gerentes também são medíocres, não querem arriscar, procuram apenas focar-se na teórica e ignoram as necessidades dos seus funcionários.

5) A Google é fraca a nível de design.

Os funcionários queixam-se que, apesar da empresa ter alto conhecimento em engenheira, os produtos perdem muito em design, chegando a levar ao cancelamento de diversos projetos, como o Google Wave, Google Video e até mesmo o Orkut.

6) Não cumprem o que prometem.

Alguns funcionários relataram que é sempre necessário ter uma cópia por escrito das coisas que são prometidas dentro da empresa, já que muitas delas são vagas e não passam de promessas.

7) Ambiente desameado festivo e pouco produtivo.

Por incrível que pareça os ex-funcionários queixam-se do clima descontraído demais, com consolas de jogos e um ambiente de trabalho relaxado, já que isso faz com os intervenientes não foquem no seu trabalho.

8) Não permitem Home Office

Apesar do ambiente de festa da internet nos Estados Unidos ser muito boa, a Google ainda faz com que os funcionários tenham que ir todos os dias para o escritório para efetuarem trabalhos que poderiam fazer a partir de casa.

9) Os estagiários são maltratados

De acordo com um estagiário da Google, ele foi maltratado dentro da empresa e não foi o único a sofrer com isso. “Eles pareciam achar que qualquer um que não pertence aos quadros da Google” é mentalmente e moralmente inferior”.

10) A empresa não é pouco flexível

Muitos funcionários queixam-se de que a possibilidade de conseguirem realizar algum projeto de grandes dimensões dentro da empresa é muito pequena, devido ao grande sucesso do AdWords que tem um lucro impressionante e mobiliza grande parte dos funcionários para manter a ferramenta a funcionar, inviabilizando a transferência de funcionários para outros projetos.

Agora que já conhece os "pontos fracos da empresa" como entidade empregadora, ainda tem a ambição de trabalhar na Google?

Filipe Alves
Filipe Alves
Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.