A LigaT é uma nova operadora de telecomunicações que arrancou em Portugal no último trimestre de 2022. Tem uma implementação regional, tendo começado a operar nas zonas da Venda do Pinheiro, Malveira, Mafra e Ericeira.
Agora que abriu a sua primeira loja física, e tem planos para se expandir rumo ao concelho das Caldas da Rainha, entrevistamos o seu CEO, Luís Filipe Tavares. Desde a origem, aos preços apelativos e ausência de fidelização, tudo tem resposta nesta entrevista exclusiva 4gnews.
Num mercado português com três operadoras principais, como surge a LigaT e quais são as ambições desta nova operadora?
A LigaT surgiu da vontade de um conjunto de investidores com experiência no setor internacional e que viram no mercado português uma oportunidade para materializar um projeto inovador. Foi um trabalho maturado que se prolongou por mais de dois anos até à decisão de avançar com o projeto.
A LigaT tem na sua génese um conjunto de “reivindicações” que, enquanto consumidores, gostaríamos de ter e que o mercado não tinha resposta. A nossa ambição é tentarmos de forma humilde, mas, decidida e inconformada, resolver “as dores” dos que precisam e não têm alternativa e que, em troca, possamos ter o reconhecimento e lealdade dos clientes nas zonas onde nos implantamos.
Tendo já alguma experiência neste segmento, mais concretamente na CaboVisão, como se associou à LigaT e acabou por ser tornar CEO?
A minha experiência vai bem mais longe do que a Cabovisão. Iniciei o meu percurso nas telecomunicações em 1999 no grupo SONAE, onde permaneci por mais de 14 anos, tendo ocupado cargos de liderança tecnológica e de negócio. Liderei vários projetos de elevada visibilidade e impacto a nível nacional e internacional, como por exemplo, a banda larga fixa, tanto no ADSL2+ como no FTTH, ou a primeira oferta de IPTV em Portugal, entre muitos outros.
A ida para o grupo Altice, com a entrada na Cabovisão, foi um desafio diferente, de reestruturação da operação que culminou com a criação da NOWO e da operação móvel que gerou um período de saudável crescimento. A vasta experiência tecnológica e de negócio fez com que o empreendedorismo fosse o caminho mais lógico que percorri desde então.
Como mencionei anteriormente ao cruzar-me com o representante do grupo que decidiu criar este projeto, foi-me proporcionado liderar este projeto e, prontamente, aceitei.
A LigaT é uma operadora totalmente independente face às operadoras tradicionais em Portugal na infraestrutura? Existe algum apoio ou suporte de empresas estrangeiras?
Sim, somos totalmente independentes, criámos toda a nossa infraestrutura de raiz a partir de uma folha em branco. O apoio que temos restringe-se ao suporte acionista que é internacional.
O plano Wi-Fi Fast Pioneiros é uma oferta acima de qualquer plano da concorrência em promessa de qualidade-preço. Estes preços abaixo da concorrência serão para manter quando a LigaT se expandir?
De facto, criámos a oferta líder em Portugal, tanto em características técnicas, como preço, que recentemente ampliámos com ofertas de alta performance até 10Gbps para o mercado residencial. Os nossos preços são públicos, não fazemos intenções de os alterar. Aliás, na oferta Pioneiros vamos ainda mais longe, estes preços são “para sempre”. Sabemos o quão importante isso é e fazemos questão de o plasmar nos nossos princípios.
Um dos grandes “papões” das operadoras em Portugal são as fidelizações de 24 meses. A LigaT promete não ter fidelização e oferece a instalação. O que acontece se um cliente não estiver satisfeito e quiser cessar o contrato?
Apenas tem de nos comunicar que pretende desistir, devolver os equipamentos que materializam o serviço e já está. Obviamente que não é o que pretendemos, pois, esforçamo-nos para assegurar uma experiência de Internet sem falhas. A nossa juventude poderá ser um obstáculo, mas acreditamos que os nossos clientes compreendem e estão connosco de livre vontade e fazemos para que se sintam envolvidos: o operador da região.
Gostaria, ainda, de salientar a importância da ausência de fidelização, que nos obriga a trabalhar todos os dias na melhoria contínua, no propósito de garantir a satisfação do Cliente tanto em termos de produto, como no atendimento ao Cliente.
Tendo em conta que fornecem um serviço de fibra ótica sem fidelização com internet rápida, já conseguem traçar um perfil de quem já é um pioneiro LigaT? Ou seja, que tipo de cliente é.
Como não poderia deixar de ser, “o cliente tipo” fez parte do nosso estudo inicial, no entanto, ainda é cedo para poder tirar conclusões. Daqui a seis meses já poderemos tirar mais conclusões.
Começaram por se implementar localmente na Venda do Pinheiro, Malveira, Mafra e Ericeira. Porquê começar por esta zona?
Escolhemos o concelho de Mafra, porque é um dos concelhos com maior crescimento na última década, mas que mantém as características rurais, com as vantagens de um meio urbano que tanto se ajustam à nossa cultura de operador regional.
Acreditamos que a nossa proposta se adequa ao ritmo dos desafios da modernidade, assegurando ferramentas para a conjugação do teletrabalho e lazer através da Internet, respondendo tanto às necessidades funcionais, bem como ao desafio dos custos crescentes que vamos contrariar, sempre sem fidelização.
Além das Caldas da Rainha, já podem adiantar aos leitores da 4gnews quais serão os próximos sítios onde poderemos ver a LigaT em 2023?
Iremos trazer muitas novidades e não apenas na ampliação de novas zonas, pelo que restringir às novas zonas é limitador. Tanto as novas zonas, como as demais novidades, irão ser anunciadas ao ritmo que conseguirmos impor. Ainda é prematuro revelar, mas não deixaremos de vos transmitir assim que for oportuno.
Fica o desafio de conhecerem e explorarem a nova oferta EXTREME criada a pensar nos Gamers mais exigentes e que, à semelhança do que já fizemos anteriormente, acreditamos que vai ditar a direção do mercado.
Sendo uma operadora jovem no nosso mercado, quais são os grandes desafios que enfrentaram até agora?
Em primeiro lugar, as dores de crescimento e da nossa obstinação em assegurar um serviço isento de falhas, para quem como nós começou do zero, em apenas seis meses conseguimos entrar no mercado e, isso, é um desafio hercúleo.
Em segundo, e o mais importante, estarmos na mente dos consumidores, sermos conhecidos o suficiente para que quando tenham de tomar decisões, a LigaT seja a escolha óbvia.
Quais são as grandes ambições da LigaT para os próximos dois anos? Contam chegar a Lisboa e Porto?
A nossa ambição é, em primeiro lugar, termos clientes muito satisfeitos. Uma oferta sem fidelização implica muita responsabilidade da nossa parte.
Em segundo lugar, dar ênfase à regionalidade que é a génese do nosso projeto. Queremos ser muito relevantes nas áreas onde nos implantamos. Lisboa e Porto, para já, não faz parte dos nossos planos.
Nos artigos abaixo encontras detalhes sobre os planos e preços da LigaT, bem como informação sobre a primeira loja física. Para mais informações, consulta o site oficial da LigaT.
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