No final do mês de fevereiro, o 4gnews esteve em Barcelona para assistir à apresentação dos Xiaomi 13 Series e restantes novidades do ecossistema da gigante tecnológica. Aproveitando esse evento e a presença da marca na Mobile World Congress 2023, quisemos perceber qual é o panorama da Xiaomi em Portugal, e como olha a marca para o futuro do nosso país.
Por isso falamos com Tiago Flores, Country Director da Xiaomi Technology. Nesta entrevista, o executivo destaca a entrada da marca num novo segmento, a vontade de estar mais próximo dos consumidores e os objetivos da Xiaomi para o futuro.
Qual é o balanço que faz da apresentação dos Xiaomi 13 Series e qual o feedback recebido acerca dos novos smartphones?
"Para nós foi muito importante ter um evento global como este onde introduzimos no mercado os Xiaomi 13 Series que preencheram um segmento de mercado em que nós não estávamos ainda - de super flagship.
Com inovação da Xiaomi e da Leica, numa integração entre a experiência mobile e a experiência de fotografia, temos aqui algo que até hoje não tínhamos conseguido proporcionar aos nosso Mi Fãs.
De todo o feedback que temos tido, a qualidade e versatilidade de fotografia com os Xiaomi 13 Series é sem dúvida a mais positiva. E isso não significa que vamos abandonar os segmentos de entrada.
Seremos uma das poucas marcas a continuar a oferecer equipamentos desde entrada, à gama-média e agora ao super flagship. Uma das principais razões para a compra de um smartphone continua a ser a qualidade fotografia, e decidimos colocar aqui um trunfo muito grande com uma experiência diferenciada".
E qual é o panorama atual da Xiaomi em Portugal?
"Segundo os dados da IDC, acabamos o ano passado com 26% de quota de mercado. E isso revela que a marca que marca tem crescido de forma sustentada, sendo a segunda marca que mais vende smartphones em Portugal ao nível de unidades.
Daqui a um mês vamos ter também uma nova gama-média. Vai situar-se entre os 200 e os 500 euros, e trará muita inovação e respostas às necessidades dos consumidores.
E há ainda o crescimento de todo o mundo conectado. O nosso objetivo de enriquecer a vida das pessoas com um preço justo mantém-se. Trazemos cada vez mais categorias para o ecossistema. Há aqui uma visão quase holística em termos de conetividade. E em Portugal estamos a fazê-lo de uma forma muito acelerada.
Temos cada vez mais procura por aspiradores robô e toda a domótica e a vida inteligente de Smart Home. E isto dá-nos uma segurança em motivação ainda maior para trazermos mais equipamentos".
Para quando a chegada do smartphone dobrável da Xiaomi à Europa?
"Lançámo-lo na China, no mercado doméstico. Não tenho datas, mas estamos a aguardar com expectativa que no desenvolvimento do que estamos a fazer nos super flagships possamos num futuro próximo trazer novas experiências como o MIX Fold 2".
Vai ser um desafio para a Xiaomi habituar os utilizadores que está a competir numa nova gama de produtos e preços?
"Nós tínhamos de facto uma lacuna no nosso portefólio, que era este segmento. Um segmento de preço onde o consumidor é super exigente e procura a última inovação e a tecnologia mais avançada, era sem dúvida uma grande oportunidade para nós trazermos uma diferenciação tecnológica.
Acho que para estar neste segmento tínhamos de ter uma experiência de topo e única. É isso que procuramos e os resultados dizem isso mesmo. Este segmento merece ter este tipo de tecnologia por parte da Xiaomi também".
Como é que vê produtos como os conceitos CyberOne e CyberDog a serem úteis aos consumidores?
"Qualquer marca com um ecossistema tão alargado como a Xiaomi traz para eventos uma prova dos seus investimentos em tecnologia. O primeiro exemplo disso é o CyberDog, que teve 1000 unidades disponibilizadas a desenvolvedores internacionais.
É um projeto em código aberto, com toda a expertise da Xiaomi. Em cima da tecnologia Xiaomi, os desenvolvedores estão a encontrar os use cases mais adequados aos seus modelos de negócio.
Vou dar o exemplo: para vigilância de edifícios, para assistência a desastres naturais ou para assistência a pessoas que estão sozinhas em casa. Conseguimos trazer aqui novas experiências como com o CyberOne ou no futuro o veículo inteligente".
Qual é o foco da Xiaomi para Portugal nos próximos tempos?
"Em primeiro lugar, estamos focados em aumentar a proximidade com os nossos consumidores. Por exemplo através das Mi Stores, onde queremos desenvolver a conetividade e a experiência do consumidores.
Temos o objetivo de continuar a entregar a melhor tecnologia, ter mais consumidores junto de nós. E principalmente estar mais próximos do consumidor. Se nós conseguirmos tudo isto, vamos ter cada vez mais consumidores connosco para abraçar este mundo conectado.
Existem alguns segmentos onde já temos uma penetração maior em Portugal do que os 26% que falei antes. Alguns segmentos da média-gama, e alguns segmentos abaixo dos 200 € somos claramente líderes em Portugal.
Queremos continuar a ter a confiança do nosso consumidor. Oferecendo os melhores produtos e a melhor tecnologia aos preços mais justos. Porque vemos a tecnologia como uma oportunidade para todos, e não exclusiva para alguns".
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