A Lenovo realizou um showcase para apresentar a sua nova família de portáteis e o 4gnews marcou presença no evento. A marca divulgou que foi líder, no mercado ibérico de computadores, com 28% de quota em 2022. Especificamente no mercado português, a Lenovo foi igualmente bem-sucedida com uma quota de 31% do mercado de portáteis no ano passado.
O 4gnews aproveitou esta ocasião para falar com António Paulo, gestor de produto da Lenovo Portugal e saber quais os objetivos da marca para o mercado português e quais são os principais desafios que esta empresa enfrenta no nosso país. Convidamos-te a ler a entrevista exclusiva 4gnews na íntegra de seguida.
1. Quais são as principais razões que levaram a Lenovo a fazer esta nova divisão, Savage e Stealth, na sua linha de computadores portáteis?
Aquilo que nós queremos é associar o produto certo ao consumidor correto. E acreditamos que tendo uma gama mais vasta de produtos, conseguimos cobrir mais as necessidades dos clientes. Queremos associar a performance e a utilização correta à necessidade que o cliente tem.
Essa divisão vem precisamente no sentido de vermos que o mundo está a mudar muito depressa. Cada vez mais há a necessidade de maior criação de conteúdos, mas também a necessidade de mobilidade e autonomia de bateria.
Na prática, temos de criar um misto destes dois tipos de utilização para que, no fundo, o cliente fique satisfeito. E esta divisão surge nesse sentido, para responder melhor às necessidades dos vários utilizadores.
2. Dentro desta nova divisão, quais são as prioridades para o mercado português?
Eu diria que é ter uma boa presença dos nossos produtos premium, nomeadamente fazer um bom lançamento dos processadores e placas gráficas associados aos nossos novos modelos Legion.
A área gaming é bastante importante para nós porque temos uma presença bastante forte no mercado e somos uma das marcas líderes no mundo e também em Portugal. Somos inclusive reconhecidos pelos gamers como uma referência e queríamos manter esta relação de proximidade com esta comunidade.
A segunda prioridade será a comunidade de criadores de conteúdos e daí o nosso lançamento da gama Pro na série Yoga. Acreditamos que teremos bastante sucesso aqui e inclusivamente as reviews que temos tido têm sido bastante positivas. Eu diria que tudo o que envolva performance e mobilidade num segmento mais premium é uma prioridade para a Lenovo, este ano.
Aliás, praticamente tudo o que foi apresentado neste showcase está posicionado no segmento premium.
3. Entre os equipamentos mostrados neste showcase, quais são os que podem ter uma melhor aceitação no mercado português?
Normalmente quanto mais barato é o produto, maior é o mercado que o mesmo tem. Estou confiante que os nossos portáteis Loq vão ser muito bem aceites porque apresentam um equilíbrio bastante bom entre características técnicas e preço; ou seja, conseguimos ter uma boa performance a um preço agressivo.
4. Quais são os principais desafios do mercado português?
A queda. Estamos a atravessar um ano muito difícil, aliás já se está a sentir nos primeiros três meses. Ainda assim, a Lenovo conseguiu sobrepor-se a essa queda no mercado e cresceu bastante em quota.
Digamos que estamos com uma performance em contraciclo com o mercado. O mercado está a cair e nós estamos a crescer.
A previsão é que nós continuemos neste caminho de crescimento. E que estes novos lançamentos também nos ajudem a conseguir melhores resultados. Especialmente, no segmento mais premium que é claramente uma prioridade para nós.
5. Quais são os vossos principais concorrentes aqui em Portugal e de que forma é que a Lenovo se pode destacar com estes novos equipamentos.
A concorrência é engraçada. Nós brincamos internamente a dizer que até a Zara é nossa concorrente, porque quanto mais dinheiro se gasta em roupa, menos dinheiro existe para a tecnologia.
Os nossos concorrentes são as principais marcas de informática, como a HP e a Asus, cada um com as suas características. Mas o que nós queremos com este line up é sermos competitivos com uns num segmento e com outros em outro segmento.
A Asus é reconhecidamente uma marca forte no gaming e também uma referência. Nós ao longo deste tempo, conseguimos, em parte, “roubar-lhe” um pouco desse protagonismo e associarmo-nos bastante bem com o público gaming.
Por isso, acho que o nosso portefólio nos dá soluções suficientes para conseguirmos ser competitivos e termos uma posição de liderança em qualquer segmento em que a nossa concorrência esteja.
6. Quais são as expetativas da Lenovo para o mercado português, nos próximos cinco anos? Quais é que são os objetivos a atingir?
O objetivo é assumirmo-nos como líder e referência. Nós queremos ser a primeira marca em que o consumidor pensa quando pretende adquirir um equipamento de informática, quer seja um tablet ou um notebook ou um desktop.
Queremos ser a referência, mas sobretudo queremos fazer as coisas bem feitas. Não queremos ser líderes um mês e depois deixarmos de ser durante cinco ou seis meses. Queremos ser estáveis porque acreditamos que com estabilidade e regularidade no mercado conseguimos a confiança dos consumidores e que os resultados aparecem.
Quanto ao mercado, prevê-se neste ano uma dificuldade mais acentuada. No próximo ano, acredito que o mercado recupere um pouco e estou mais otimista.
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