Days Gone é finalmente lançado na PS4 mas não está a impressionar

António Guimarães
António Guimarães
Tempo de leitura: 3 min.

O Days Gone é o novo exclusivo da PlayStation 4 que se passa num mundo pós-apocalíptico recheado de zombies. Infelizmente já está a reunir feedback negativo devido à sua mecânica desinteressante e repetitiva.

Days Gone simplesmente não traz nada de novo ao género. É mais um jogo de mundo aberto com gráficos visualmente impressionantes que pouco traz além disso.

O jogo foi desenvolvido pela SIE Bend Studio que já não lançava um jogo para consola desde 2004. Infelizmente parece que não vai ser este o título que justifica um regresso à acção por parte do estúdio.

Várias fontes na comunidade gaming estão a dizer o mesmo: Days Gone é só mais um título de mundo aberto que parece ambicioso mas não executa essa ambição de forma alguma.

Days Gone é uma mistura estranha de Stealth e Hack and Slash

O Days Gone parece ser um jogo de acção em terceira pessoa, numa primeira óptica. Contudo, acaba por ser uma espécie de stealth com um pouco de acção pelo meio.

Os zombies do jogo, chamados 'Freakers', vagueiam pelas estradas e edifícios e deves evitá-los, caso não queiras combater. Um dos primeiros problemas do jogo reside mesmo aí pois os Freakers por vezes encontram o jogador mesmo quando dada a indicação que está 'escondido'.

Em relação ao combate, as animações são bastante repetitivas e os confrontos são inconsistentes. Por vezes bastam 3 ou 4 golpes da faca para matar um inimigo, às vezes são precisos 10 ou mais.

É um mundo aberto bastante tedioso

Um jogo em mundo aberto onde matas zombies parece um conceito vencedor certo? Não no Days Gone pois um open world com zombies já foi feito noutros jogos. Dying Light é um bom exemplo onde o jogo continua a ser adorado até aos dias de hoje.

No Days Gone, irás passar algum tempo a viajar de um objectivo para outro. O modo de eleição do nosso protagonista é a tua fiável mota. No entanto, não é assim tão fiável pois tens de repará-la e abastecê-la de combustível periodicamente.

Esta podia ser uma mecânica de manutenção interessante mas torna-se mais um detalhe irritante do que benéfico para a jogabilidade. Ter que reparar e reabastecer o teu veículo constantemente é frustrante e estagna o dinamismo do jogo.

O jogador nem sequer pode activar o Fast Travel sem combustível suficiente. Todas estas mecânicas foram implementadas para dar uma suposta sensação de sobrevivência mas são simplesmente irrelevantes e desnecessárias.

Existe ainda um sistema de crafting, onde o jogador pode combinar e criar armas, medicamentos e armadilhas. Todavia, esse conceito é desperdiçado pois é possível encontrar os mesmos items em edifícios e outras áreas.

O jogo é bem escrito e tem bons actores

Além dos gráficos impressionantes, o outro único aspecto positivo do Days Gone são os seus actores, que emprestam a voz às personagens do jogo. O diálogo é também realista e bem escrito.

A história no geral segue uma trajetória previsível. Dois anos antes dos eventos em Days Gone, um vírus tornou a maioria da população em monstros canibais conhecidos como Freakers.

É uma história contada inúmeras vezes em jogos e filmes, mais conhecido na série Resident Evil. Infelizmente, bons actores e gráficos bonitos não chegam para fazer um bom jogo.

Existem melhores alternativas ao Days Gone

Conforme mencionado, quem quiser um jogo de mundo aberto com o tema de zombies tem o fantástico Dying Light e todas as suas expansões. Existem ainda outras alternativas como Division 2 ou Far Cry: New Dawn.

O jogo parece ainda estar a sofrer com alguns bugs, crashes e taxas de atualização baixas. Contudo, estes são problemas facilmente resolvidos com um update.

Seja como for, o Days Gone não teve uma boa estréia e não deverá singrar no mercado dos videojogos. Em vez disso, vai ficar na história apenas como mais um título reciclado de outros jogos melhores.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.