A nova parceria entre a Capcom e a Apple anunciou este mês que dois modelos da linha de iPhone 15 vão receber versões de grandes jogos da aclamada empresa japonesa. E isto deve ser apenas o começo do investimento da Capcom no universo dos smartphones.
Numa entrevista a Bloomberg, o COO da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, revelou que a estratégia da empresa gira em torno de expandir a biblioteca de jogos para a nova plataforma. O objetivo é alcançar jogadores que não possuem consolas e computadores.
Mais grandes jogos devem chegar aos smartphones sem perda de qualidade
No dia 12 de setembro, durante o lançamento da aguardada linha de iPhone 15, a Apple anunciou que os modelos iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max vão receber os jogos Resident Evil 4 Remake, Resident Evil Village e Assassin’s Creed Mirage.
E a nova parceria está apenas no começo. Em uma entrevista à Bloomberg, o COO da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, afirmou que os jogos de alta qualidade devem se tornar mais jogáveis em uma variedade maior de smartphones nos próximos anos.
Quando foi questionado sobre qual plataforma a Capcom iria impulsionar para alcançar a meta de 100 milhões de cópias dos seus jogos em um único ano, Tsujimoto afirmou:
"Durante muitos anos, o PC foi a nossa plataforma principal. Atualmente, vendemos em 230 países e regiões através desta plataforma. Embora continuemos a usar o PC como nossa plataforma principal, espero atingir a meta de 100 milhões de cópias com a contribuição de títulos do tipo Tripoli em smartphones."
Segundo o COO, a Capcom já queria trazer seus jogos para os smartphones há muito tempo, mas ainda não havia tecnologia capaz de rodar os jogos na nova plataforma sem perda de qualidade.
Graças ao novo e potente processador A17 da nova linha de iPhones, os jogos poderão ser rodados nativamente no iOS sem perda de qualidade em relação a suas versões para consola e PC.
"Os jogos de alta qualidade da Capcom finalmente podem ser jogados em smartphones como o iPhone 15 Pro. Claro, queríamos fazer isso muito antes, mas a nossa tecnologia não foi capaz de atender a esse requisito. Construímos relacionamentos com a Apple a participar do Apple Arcade. Estou ansioso para continuar a trabalhar com a Apple como parceiro estratégico e crescer juntos."
Capcom não tem planos de investir em fusões ou aquisições
Desde 1987, a Capcom lança grandes sucessos como Street Fighter, Monster Hunter e Resident Evil. Atualmente, o preço das ações da empresa está próximo ao seu máximo histórico. E para continuar a crescer, a empresa aposta em novas plataformas como o smartphone e segue sem planos de investir em fusões ou aquisições.
"Acho que houve muitas conversas sobre fusões e aquisições na indústria de jogos. Houve um tempo em que éramos um alvo, mas em vez de adquirir uma empresa externa, preferimos o crescimento orgânico. É importante formar e desenvolver internamente recursos humanos para levar a cabo estratégias de crescimento. Acredito também que podemos utilizar parceiros externos, mas não temos intenção de adquirir empresas", afirmou Tsujimoto.
Recentemente a Microsoft adquiriu a Activision. Quando questionado sobre qual seria a posição da Capcom frente a uma possível proposta da Microsoft, Tsujimoto foi assertivo:
"Eu recusaria graciosamente a oferta porque acredito que seria melhor se fôssemos parceiros iguais como líderes empresariais."
Na entrevista, o COO ainda afirmou que acredita que a indústria que ajudará o Japão a crescer no futuro é a do entretenimento digital.
"Os jogos japoneses são muito bem recebidos globalmente. A Capcom trabalhará duro para aumentar o valor corporativo e desenvolver talentos em jogos, e faremos o nosso melhor para apoiar o crescimento do Japão."
Até ao momento, a previsão é de que títulos da Capcom como Resident Evil Village e Resident Evil 4 remake sejam lançados para iPhone 15 até o final do ano. E os preços não serão tão diferentes dos pagos para acessar os jogos no PC ou na consola.
Segundo informações da Capcom, Resident Evil 4 para dispositivos Apple custará cerca de 49 euros, com a possibilidade de efetuar o download gratuitamente e jogar uma parte inicial antes de decidir comprar o jogo completo. Atualmente, a versão para PC custa 59 euros, enquanto o jogo para consolas custa 69 euros.
Editores 4gnews recomendam: