A pedido das autoridades chinesas, a Apple levou a cabo uma operação de remoção de milhares de jogos da versão local da sua App Store durante este ano.
Em 2020 a Apple foi obrigada a avançar com este tipo de medidas quase todos os meses, já que são frequentes as tentativas de fugas aos impostos cobrados pelo governo chinês aos produtores.
App Store na China permitia jogos sem licença governamental
Segundo avança o Wall Street Journal, a grande maioria dos títulos afetados são pagos e incluem compras in-app. A mesma fonte refere que poucos são os jogos que conseguem a licença necessária, graças aos entraves colocados pelas autoridades locais.
Esta medida segue-se a vários avisos enviados aos produtores iOS da região e à suspensão das atualizações para jogos não licenciados presentes na loja. Este tipo de aplicações prolifera na App Store chinesa devido às pesadas licenças que têm de ser pagas ao governo do país.
A Apple recusa comentar sobre quais os jogos que foram removidos, nem tão pouco o motivo. No entanto, a companhia de Cupertino não recusa a ideia de ser por pressão governamental, por mais que refira nem sempre concordar com as decisões.
Apple tem lucrado muito ao não impor lei de 2016
A verdade é que ninguém consegue explicar como é que a Apple tem conseguido evitar colocar em prática este conjunto de leis aprovado em 2016, mas o conflito económico entre os Estados Unidos da América e a China devem ter sido o elemento que precipitou a exigência das autoridades chinesas.
Entre os meses de janeiro e novembro de 2020, a Apple faturou algo como $13 mil milhões de dólares só em conteúdo de videojogos na App Store chinesa, um valor 14% superior ao registado no mesmo período do ano anterior.
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