O mais poderoso (e oneroso) dos novos iPhone da Apple, os iPhone 15 Pro estão a chegar gradualmente às mãos dos primeiros consumidores. Todavia, surgem agora também os primeiros problemas como a temperatura elevada e menor autonomia de bateria face à geração anterior - os iPhone 14.
Agora que já se passou mais de uma semana desta a apresentação oficial dos iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max, e que estes produtos estão já a chegar às mãos dos consumidores, temos também os primeiros relatos detalhados da experiência de utilização. No entanto, o processador Apple A17 Pro estará a causar alguns dissabores aos utilizadores.
A17 Pro estará a provocar aquecimento e quebra na autonomia de bateria
O mais poderoso chipset (a 3 nm) alguma vez concebido para smartphones carece ainda de otimização, pelo menos se tivermos em consideração as queixas dos utilizadores. Com os primeiros testes de desempenho e benchmarks variados já a serem divulgados, por muito potente que este chipset seja (e efetivamente é), também traz algumas imperfeições.
Importa frisar, primeiramente, que este A17 Pro é um exclusivo dos iPhone 15 Pro. Trata-se de um processador mais potente que o A16 Bionic presente na geração anterior, mas que de momento está a aquecer em demasia e a comprometer a autonomia da bateria.
Em suma, nem tudo o que reluz é ouro e, segundo os testes efetuados por youtubers de origem chinesa, o processador dos iPhone 15 Pro e Pro Max trazem alguns problemas. O maior destes contras é o sobreaquecimento do próprio iPhone em operação.
Thermal throttling evidente no chip A17 Pro
Note-se que este aumento brusco da temperatura leva a que o dispositivo abrande o próprio desempenho, um fenómeno apelidado thermal throttling que, de modo a preservar a integridade do chip, abranda o seu desempenho. Ou seja, abranda o telefone.
O pior de tudo é a quebra de autonomia. Se, por um lado, o aquecimento e abrandamento são indesejáveis, quando a isto somamos a menor autonomia de bateria, temos razão para queixa. Isto, note-se, face aos valores registados pela geração iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max.
Abrandamento forçado e menos duração da bateria nos iPhone 15 Pro
Estas são as conclusões apontadas pelo youtuber chinês Geekerwan que executou vários testes de desempenho aos dispositivos iPhone 15 Pro e ao seu processador A17 Pro. Tendo executado várias rondas de benchmarks, os resultados são demonstrados em vídeo - nesta ligação mostrando-nos os resultados pouco agradáveis.
É certo que todo o dispositivo pode ser otimizado por meio de uma atualização do software de sistema (o firmware) com um update do iOS, mas para já este cenário está longe de ser ideal.
Mais concretamente, o iPhone 15 Pro, construído em titânio mostrou-se incapaz de manter o desempenho de topo durante longos períodos. Mesmo com a nova litografia de 3 nm no seu chipset, o A17 Pro aquece consideravelmente.
O resultado? O chassis do telefone alcança os 48 graus Celsius, uma temperatura já desconfortável para sequer segurarmos o telefone na mão. Naturalmente, o telefone abranda o desempenho para mitigar este aquecimento indesejado.
Geekbench 6 foi uma das plataformas usadas para testar os iPhone 15 Pro
O vídeo mostra-nos que, de modo a conseguir obter a melhor pontuação na Geekbench 6, o youtuber teve que usar um acessório externo para refrigerar o dispositivo. Só assim é que conseguimos manter o desempenho de alto nível que este processado consegue atingir com toda a nova arquitetura e litografia a 3 nm.
Mais ainda, o próprio sistema de refrigeração do telefone não parece ser capaz de conseguir lidar com o excesso de calor. Ou seja, sem uma dissipação correta e eficaz do calor gerado, o telefone parece ser incapaz de nos entregar todo o seu desempenho durante mais que alguns minutos.
Temos melhorias efetivas no desempenho em jogos com o A17 Pro
A propósito, numa outra ronda de testes, o youtuber quis testar o jogo Genshin Impact com as definições de gráficos mais exigentes, ou seja, com tudo no máximo. A temperatura da sala (temperatura ambiente) era de 25 graus Celsius e o ecrã estava definido para um nível de brilho de 300 nits. O iPhone 15 Pro Max entregou um valor médio de 59,1 fps e um consumo energético de 4,13 W.
O mesmo teste com o iPhone 14 Pro Max produziu resultados algo diferentes com uma média de 56,5 fps e um consumo energético de 4,32 W. Em suma, temos mais fps durante o jogo e um menor consumo energético, o que é sempre desejável.
Em suma, temos efetivas melhorias na prestação do telefone para jogos, ao dar-nos maior suavidade com mais fps e menor consumo energético. Há, porém, uma ineficaz gestão térmica, ou pelo menos insuficiente, com o telefone a aquecer em pouco tempo.
Por isso, segundo este criador de conteúdo, a autonomia da gama iPhone 15 Pro aparenta ser menor que a dos antecessores - iPhone 14 Pro.
Atualização de software pode resolver os problemas de eficiência do A17 Pro
Mais concretamente, nas provas em questão os iPhone 15 Pro Max alcançaram uma autonomia de 7 horas e 13 minutos. Já o modelo antecessor, o iPhone 14 Pro Max foi capaz de atingir as 7 horas e 55 minutos de autonomia.
Em suma, o Apple A17 Pro aparenta ter problemas de eficiência e gestão térmica, apesar de ser inegavelmente mais poderoso. Há agora que esperar por uma possível atualização de software que venha, oxalá, mitigar ou resolver esta situação.
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