Apple iPhone - O verdadeiro problema da empresa de Tim Cook

Pedro Henrique
Pedro Henrique
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A Apple está a atravessar um período ligeiramente mais negro do que se esperava. Tudo graças ao iPhone, cuja taxa de crescimento das suas vendas diminuiu no passado recente.

No entanto, ao contrário do que muitos possam imaginar, a grande questão em torno do momento que a empresa de Cupertino vive tem muito mais que ver com o iPhone do que com as suas vendas. Isto porque, pode parecer a mesma coisa, mas não é, sem dúvida alguma.

Tal como aconteceu com o iPod, chegou um momento em que a Apple viu as vendas do produto abrandarem. Porém, estas foram sempre compensadas pelo surgimento e manutenção do Apple iPhone como um produto categórico no mundo tecnológico atual.

Apple iPhone é o problema da empresa norte-americana...

Logo, ainda que a antiga estrela da gigante norte-americana deixasse de brilhar, havia outra que surgia para ocupar o seu lugar. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer agora. E esse não é, de todo, o único aspeto negativo.

De facto, o Apple iPhone não tem, do ponto de vista da pura inovação, um produto que o suceda. Pelo menos, não por parte da equipa liderada por Tim Cook. Mas pior do que isso é o facto de todo o modelo de negócio da mesma assentar na inclusão de utilizadores na sua rede através de um único produto, o iPhone.

Ninguém terá um HomePod antes de ter o smartphone da maçã. E o mesmo para o Apple Watch, bem como qualquer outro serviço a estes associado. Será difícil imaginar alguém que opte pela compra de um Macbook sem que pertença ao meio laboral associado ao design e criação ou edição de vídeo.

E o iPad, bem, é o iPad. Mesmo assim, quem é que terá um Apple iPad e nenhum outro produto da Apple. Logo, tudo o que a mesma cria e coloca no mercado surge como consequência da compra do Apple iPhone. Ora, se este está a ser menos bem-sucedido, então tudo será.

E cria-se, por isso, uma pequena bola de neve. Bola de neve essa cujo crescimento pode ser abrandado pelo facto de todos querermos comprar inúmeros acessórios para os produtos com o logótipo aqui abordado. Adaptadores, capas, braceletes, stylus, mais capas.

Assim, por muito que possa parecer exaustivamente injusto, talvez esteja na hora daquela que foi a empresa mais valiosa alguma vez em Bolsa alterar o paradigma. Como? Trocando de CEO. Caso contrário, será muito difícil voltar a brilhar da mesma forma, sem comprometer o modelo de gestão atual.

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Pedro Henrique
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