A Apple apresentou o iPad de 10.ª geração, e o tablet está à venda nas lojas desde 26 de outubro. O equipamento chega a Portugal por um valor de 599 €, mas o iPad de 9.ª geração continua à venda por 449 € (antes custava 399 €). Será que o novo modelo vale a diferença de preço?
Este não é um artigo onde vou simplesmente comparar as especificações técnicas. Até porque isso podes fazê-lo ao mais ínfimo pormenor no site oficial da Apple. O que me proponho a questionar é se vale a pena pagar mais 150 € para quem queira compra um dos tablets mais baratos do ecossistema Apple. E para tal baseio-me nos pormenores que podem, ou não, fazer a diferença.
O ecrã e a mudança de design
Quando olhamos para um e outro modelo, é notório que o iPad de 9.ª geração parece um produto antigo e o novo modelo se apresenta como uma solução moderna. Mas na realidade não vais sentir assim tanta diferença na qualidade de ecrã. Até porque o novo modelo também não tem um ecrã laminado.
O novo modelo tem 10,9 polegadas, sendo pouco maior que as 10,2 polegadas do modelo anterior. Ambos são painéis com retroiluminação LED e tecnologia IPS e uma igual densidade de pixeis por polegada de 264 ppi. Ambos os modelos têm também brilho máximo de 500 nits. Isto significa que, embora com um aspeto mais recente, não vais notar grandes diferenças na experiência final com o novo modelo ao nível do ecrã.
O processador e a bateria
Este é outro campo onde comprar o novo modelo pode não compensar. Se o modelo mais recente traz o processador A14 Bionic, contra o A13 Bionic do modelo anterior, a longevidade de atualização é, em teoria, um aspeto que favorece o modelo mais recente.
Mas tendo em conta a performance nas tarefas mais corriqueiras, não deves sentir diferenças de relevo. Por comparação, o iPad de 9.ª geração tem o processador do iPhone 11, e o de 10.ª geração tem o do iPhone 12.
Também na bateria a marca promete até 10 horas s de autonomia para navegar na internet em Wi‑Fi ou ver vídeos em ambos modelos. A grande diferença é que o novo modelo tem saída USB-C, enquanto que a versão anterior chega com o controverso Lightning.
Apple Pencil e Touch ID
Aqui também não existe grande razão para escolher o novo modelo. É que a compatibilidade deste mantém-se apenas para a Apple Pencil de 1.ª geração. A diferença é que ao invés de esta carregar diretamente na porta Lightning, tens de usar um dongle incluído na caixa para o carregamento.
Ambos os modelos também contam com Touch ID. Se no modelo antigo este encontra-se na margem do ecrã, no novo iPad de 10.ª geração encontras este tipo de desbloqueio no botão de ligar/desligar.
Onde o iPad de 10.ª geração se destaca
O novo modelo dá o salto de 3 para 4 GB de RAM, e apesar de desempenho incremental tem um processador mais rápido. Finalmente conta com USB-C para carregamento, se a porta Lightning for um deal breaker para ti.
Se pretendes usar o teu iPad para videochamadas, este novo modelo também se destaca com a nova câmara frontal de 12 MP colocada ao centro no modo de paisagem. Além disto, esta tem a tecnologia Center Stage.
No campo do áudio, ambos contam com dois altifalantes. A diferença é que no novo modelo temos um colocado em cada margem, dando um efeito panorâmico, ideal para o consumo de conteúdo.
Se estes aspetos são importantes para ti, talvez os 599 € do iPad de 10.ª se possam justificar. Mas se tivermos em conta a diferença de preço de 150 €, o iPad de 9.ª geração a 449 € vai continuar a ser uma ótima opção para a maioria dos utilizadores.
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