O mercado de smartphones está em queda com menos smartphones a serem vendidos este ano, aliás, ficando abaixo das piores previsões da agência de análise de mercado IDC. Todavia, os Apple iPhone registam um máximo histórico na procura junto do mercado.
O binómio Apple vs Android nunca esteve tão ao rubro, com a gigante de Cupertino a limpar o chão com os seus rivais Android em franca queda nestes últimos meses. Os números são agora avançados pela agência IDC, dando-nos uma visão clara do estado deste mercado de dispositivos móveis.
Mercado global de smartphones está em queda com mínimos históricos
De um lado temos as piores previsões para o volume de vendas no mercado de smartphones e dispositivos móveis. A culpa? A queda generalizada na quantidade de smartphones Android vendidos ao longo de 2023. De outro lado temos as melhores previsões possíveis para os telemóveis iPhone da gigante de Cupertino.
As sondagens apontadas pelas principais agências de análise de mercado são desanimadores. Tanto a IDC como a Counterpoint referem que o mercado global de smartphones cairá para mínimos de dez anos. Com efeito, ambas as entidades concordam que 2023 registará um mínimo de dez anos no volume de novos smartphones vendidos.
2023 será um dos piores anos para o mercado mobile na última década
Só em 2013 se atingiria um valor tão mau no volume anual de smartphones vendidos. Para tal, ambas as agências de análise de mercado referem essencialmente três fatores que estão a condicionar este mercado mobile, a saber:
- Consequências da pandemia da COVID-19 nos hábitos de consumo
- Contexto económico global de retração e menor poder de compra
- "Planalto" tecnológico com as fabricantes a ter dificuldades em inovar
A isto soma-se também o facto de os utilizadores manterem durante 3 a 4 anos o seu telemóvel, em média. Aliás, é esta tendência de alargamento da vida útil, e menor periodicidade de renovação do telefone que também está a fazer cair o volume de vendas.
Utilizadores mantêm o smartphones durante 3 a 4 anos. Em 2017 este valor estava nos 1 a 2 anos em média
A tendência a longo prazo é a de maior manutenção dos dispositivos atuais. Ao passo que há cerca de seis anos era comum trocarmos todos os anos, ou de dois em dois anos o nosso smartphone, agora o mesmo telemóvel pode durar até 4 anos em média.
Atentando aqui nos dados da IDC, vemos uma corroboração dos dados da Counterpoint previamente divulgados. Em todo o mundo assistimos a uma quebra anual de 4,7% no volume de novos smartphones vendidos. Em 2023 expediram-se 1.15 mil milhões de unidades. É um dos valores mais baixos da última década.
Em boa verdade este valor de quebra anual só não é pior porque os iPhone da Apple nunca venderam tão bem como agora. Em vésperas de lançamento da nova geração de Apple iPhone 15, os prognósticos não poderiam estar mais positivos para a Apple.
Ainda que, por exemplo, em Portugal os consumidores sintam dificuldades em suportar o custo de um novo iPhone, certo é que no mundo a sua procura nunca foi tão expressiva.
Para a IDC, a quota de mercado do iOS, o sistema operativo dos Apple iPhone, aumentará a sua representação em 1,1%, subindo assim para uns inéditos 19,9% de quota de mercado mundial para os telemóveis iOS.
Em suma, perante um mercado mobile saturado, a tendência é clara. O utilizador mantém durante mais tempo o seu telefone, e sempre que pode, opta para um telemóvel da Apple.
Editores 4gnews recomendam: