A Ever define-se como uma aplicação grátis e onde podes guardar todas as tuas fotografias, poupando memória no teu dispositivo. Mas segundo as últimas informações, esta usa as fotografias dos seus utilizadores para treinar e posteriormente vender software de reconhecimento facial. Isto sem avisar os utilizadores.
O espaço ilimitado nesta aplicação com o slogan “faz memórias” é mesmo ilimitado. Segundo escreve a NBC News, a Ever surgiu em 2013 com o simples propósito supramencionado. No entanto, acabaria por se tornar uma vendedora de tecnologia de reconhecimento facial em 2017.
Ever começou a vender os dados dos utilizadores em 2017, mas não os avisou
O grande problema é que a Ever não avisou os utilizadores da mudança. Ou seja, os dados os utilizadores estavam a ser vendidos, mas a empresa não fazia qualquer menção a esse facto nos seus termos de privacidade.
A Ever alegava que o reconhecimento facial servia apenas para “organizar” as fotografias dos utilizadores e melhorar o serviço. Depois de NBC News contactar a Ever, esta terá atualizado as suas políticas de privacidade. A mudança aconteceu a 15 de abril, de forma a mencionar as suas “ofertas de reconhecimento facial”.
Doug Aley, CEO da Ever, afirma que a empresa já avisou os consumidores o suficiente. “Os nossos termos de serviço e politicas de privacidade são bastante explícitos”, disse em conversa com a NBC News.
A Ever demonstra não estar de acordo com os críticos que dizem que esta falhou com os seus utilizadores. Vai continuar debaixo de fogo pelos que acham “risível” que esta pense que os seus utilizadores deram consentimento para que as suas fotografias fossem objeto de treino para um produto que vai ser vendido.
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