A Lei dos Mercados Digitais obrigou a Apple a dar mais escolhas aos seus utilizadores, nomeadamente alternativas ao seu navegador Safari. Graças a estas mudanças, alguns browsers concorrentes começam já a dar conta de um crescimento exponencial da sua popularidade na Europa.
Esse é o caso de navegadores como o Firefox, Brave ou Vivaldi que viram um aumento significativo de instalações. No caso da Firefox, estes afirmam ter registado um aumento de 50% desde que as mudanças entraram em vigor na Europa.
Em conversa com o The Register, um responsável do Brave revela que o número de instalações deste browser aumentou de sensivelmente 8 mil para 11 mil. O mais impressionante é que este crescimento foi registado em apenas uma semana.
Ele usa estes dados como evidência de que empresas como a Apple e Google bloqueiam a competição. Empresas como estas argumentam que as suas práticas monopolistas oferecem produtos melhores, o que nem sempre é verdadeiro.
Firefox reporta um crescimento de 50% desde que a Apple facilitou a concorrência
Em conversa com o mesmo órgão de imprensa, um porta-voz da Mozilla reporta um crescimento de 50% de instalações do Firefox só na Alemanha. Aponta ainda que o seu crescimento em França aproxima-se dos 30%.
Este porta-voz refere ainda que a Mozilla não está totalmente satisfeita com as mudanças implementadas pela Apple a afirma que há espaço para melhorar. Ainda assim, não pode deixar de notar que a legislação europeia está, efetivamente, a fomentar a competição.
Já no caso do Vivaldi, os seus responsáveis dão conta de um crescimento mais modesto. Em conversa com o The Register, o CEO da empresa revela que o seu crescimento tem sido modesto.
Jon von Tetzchner, CEO da Vivaldi, aponta que o seu produto surge em apenas 8 dos 26 países abrangidos pela Lei dos Mercados Digitais. Nesse sentido, ele afirma que é necessário pressionar um pouco mais os grandes grupos tecnológicos.
Em todo o caso, isto demonstra que a liberdade de escolha é um grande fomentador da competição. Esse cenário já havia sido comprovado no passado, quando a União Europeia obrigou a Microsoft a mostrar aos seus utilizadores um ecrã onde estes poderiam escolher o seu navegador e não ficarem cingidos ao então Internet Explorer.