
Pilotos equipados com para-quedas para teste
Em 2030, as viagens podem mudar com um novo motor hipersónico, mas até lá o Airbus A380 deve manter o título de maior avião comercial do mundo. Mas antes de entrar na rota de passageiros, este avião foi submetido a vários testes há 14 anos.
Entres estes esteve o teste de vibração considerado o mais perigoso de toda a certificação, avança o site Supercarblondie. É tão extremo que os pilotos que fizeram este voo teste estavam equipados com capacetes e para-quedas.
Na prática, o Airbus A380 subiu até aos 38 mil pés de altitude, mergulhando de seguida para ganhar velocidade aos poucos. Em terra, ex-pilotos de caças e uma equipa de engenheiros acompanhavam todo o teste através de vários monitores para avaliar quase 150 mil parâmetros por segundo.
No primeiro teste, em velocidade Mach 0,89, o cockpit começou a tremer. Mas em velocidade Mach 0,93, uma parte do sistema de aterragem sofreu danos significativos. Tal levou a equipa a interromper o teste.
Segundo teste foi bem-sucedido
Vários meses depois e com um trem de aterragem redesenhado, o Airbus A380 foi submetido a novo voo teste. O processo foi exatamente o mesmo com a diferença de que o avião conseguiu atingir a velocidade Mach 0,96, sem sofrer qualquer mazela.
Em outubro de 2007, o Airbus A380 passou a fazer parte da rota comercial através da companhia aérea Singapore Airlines. Recorde-se que o modelo consegue percorrer 15.700 quilómetros sem escalas e tem uma capacidade para 525 passageiros, na configuração de três classes.
Em 2019, a Airbus anunciou o fim da produção do A380, com as últimas unidades a saírem da fábrica a 2021. Mas o avião continua a fazer a rota comercial, em várias companhias aéreas, pela sua grande capacidade para transportar passageiros, sobretudo depois do boom de viagens provocado pelo fim da pandemia Covid-19.