Ainda compensa comprar smartphones premium em 2017?

Eduardo Silva
Eduardo Silva
Tempo de leitura: 4 min.

O mercado mobile consegue concentrar em si grande atenção por todo o mundo, não só dos consumidores, mas também das fabricantes que todos os anos lutam em buscar dos melhores resultados nas vendas. Para tal, a aposta por fazer chegar aos seus dispositivos o melhor do que a tecnologia tem para oferecer é sempre muito forte.

Um olhar de relance pelos smartphones de topo lançados todos os anos por marcas como a Samsung, Apple ou a mais recente grande concorrente ao pódio das maiores fabricantes do mundo, a Huawei, permitirá ter uma ideia daquilo que se espera e do que se pode encontrar num terminal topo de gama.

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Há, no entanto, uma questão que muitos se devem perguntar na hora de comprar um dispositivo móvel: optar por um flagship que certamente trará as melhores características que se pode pedir a um novo smartphone compensa o seu dispendioso preço?

A resposta a esta questão será muito subjetiva. Como em tudo, o mercado móvel depende sempre do consumidor. Enquanto que para uns o preço não será um problema, optando assim pelo melhor que há para oferecer, muitos terão o cuidado de obter o melhor valor pelo produto que estão a adquirir.

Esta temática ficaria por aqui se considerarmos que cada cliente sabe da sua carteira, mas há que ter em conta que hoje em dia o mercado já não se divide entre aqueles que terão dinheiro para adquirir o melhor e aqueles que terão de se restringir aos “restos”.

O ano de 2016 foi um ano em que se registou um boom a uma secção do mercado mobile bastante interessante e que conquistou de tal maneira os consumidores que a aposta deverá continuar por uns bons anos. Várias marcas como a OnePlus, Honor (subsidiária da Huawei), ZTE, Asus ou a Xiaomi trouxeram a jogo novos “candidatos ao titulo”.

Isto é, as marcas mencionadas acima apostaram em desenvolver novos terminais bastante mais acessíveis que os topos de gama de marcas premium (a grande maioria a custar menos de 400 euros), não comprometendo no que toca a qualidade e especificações.

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E quando se fala em não comprometer, há que realçar que smartphones como o OnePlus 3 (já substituído pelo mais recente OnePlus 3T) ou o Honor 8 que desafiam o conceito de smartphone premium. Talvez uma das melhores formas de comprovar isso mesmo será comparar o flagship Huawei P9 e o gama-média/alta Honor 8.

Um olhar sobre as características destes dois smartphones será bastante esclarecedora: ambos incorporam uma tela Full HD de 5.2 polegadas, 4GB de RAM (o P9 tem a opção de ter apenas 3GB), 32 ou 64GB de memória interna, expansível via microSD até 256GB, uma bateria de 3000 mAh e uma muito semelhante dual-câmara traseira de 12MP.

Sim, o Huawei P9 terá um mais recente processador Kirin 955 em comparação com o Kirin 950 do Honor 8, mas este ultimo terá a seu favor um design bastante mais atraente e distintivo. O que separa ainda ambos os terminais? O preço. Olhando ao preço atual de ambos os dispositivos em Portugal, estes estão separados por 200 euros, podendo o Huawei P9 seu adquirido por um preço a rondar os 599.90 euros, enquanto que o Honor 8 se fica pelos 399.90 euros.

Quando se pode pensar que isto é apenas um caso especifico, basta comparar especificações de smartphones como o OnePlus 3 e 3T, Asus Zenfone 3, Xiaomi Mi 5 e Mi 5s entre tantos outros que, por um preço de fazer inveja aos “grandes” do mercado, trazem características que fazem o consumidor pensar duas vezes antes de optar por voos maiores, chegando mesmo a oferecer tecnologias imbatíveis no mercado (por exemplo, o Dash Charge da OnePlus).

Com naturalidade, a aposta em smartphones de gama-média chegou a marcas como a Samsung e até a Apple e nota-se já uma maior aposta neste tipo de dispositivos, com smartphones como os Galaxy A3, A5 e A7 ou até o iPhone SE a entrarem na discussão pelo sucesso neste nível de mercado.

Como é claro, há vantagens em optar por dispositivos que muitas vezes elevam o seu preço para lá dos 700 euros: a grande maioria dos mesmos traz consigo o melhor que o mercado tem para oferecer no que toca a design, especificações e tecnologia, com uma qualidade geral de construção e um software que será mais provável de não comprometer, assim como um maior apoio no pós-venda e melhor acessibilidade e facilidade no momento da compra (muitos smartphones gama-média de maior qualidade não estão disponíveis em lojas físicas).

Em conclusão, está mais que provado que, hoje em dia, pagar um preço elevado por um smartphone fica ao critério de cada um, na medida em que a qualidade estará disponível em vários produtos para vários tipos de carteira. O consumidor que apreciará o seu portentoso terminal topo de gama premium será sempre mais implacável na hora de o adquirir. Para aqueles que, noutro tipo de perspetiva, quererão obter semelhantes níveis de qualidade e performance por um preço mais acessível, apesar de ser sempre aconselhada uma escolha mais cuidadosa, terão sempre excelentes opções, não ficando, de maneira nenhuma, “de mãos a abanar”.

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