5 razões pelas quais The Division 2 é superior ao Anthem

António Guimarães
António Guimarães
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Tom Clancy's The Division 2 foi lançado há menos de 2 dias e já está a reunir bastantes opiniões positivas por parte da comunidade de jogos. Já o também recentemente lançado Anthem está a reunir exactamente o contrário.

Ambos títulos são first person shooters algo futuristas, embora o Anthem tenha o aspecto mais sci-fi. O The Division 2 coloca-te no papel de um agente com o objectivo de salvar o mundo do crime.

O Anthem tem uma mecânica bastante interessante no sentido em que podes voar e sentir-te como um verdadeiro Iron Man. Contudo, o jogo está recheado de bugs e um sistema de recompensas irrelevante.

The Division 2 está mais bem estruturado que o Anthem

Assim sendo, aqui tens 5 aspectos que o The Division 2 simplesmente executou de forma melhor que o seu concorrente. Ambos os títulos merecem louvor mas aqui vamos perceber a diferença entre bom e mau desenvolvimento de jogos.

1 - The Division 2 oferece um verdadeiro mundo aberto para exploração

O mundo criado no Anthem é um vasto espaço visualmente atraente mas vazio ao mesmo tempo. Isto porque os objectivos limitam-se a voar de um lado para o outro. Existem algumas componentes de exploração e missões à parte mas no geral um espaço tão grande torna-se inútil se não o podes explorar. Adicionalmente, há longos ecrãs de "loading" e um sistema de crafting aborrecido.

Não irás encontrar nenhuma destas restrições no The Division 2. Tens a cidade enorme de Washington D.C. para explorar com áreas secretas, missões dinâmicas e uma tonelada de recursos. Além disso, tens dois ecrãs de loading que assim ultrapassados, permitem-te explorar a cidade sem atrasos ou interrupções. Isto confere uma experiência de jogo muito mais imersiva e divertida.

2 - A inteligência artificial dos inimigos oferece um desafio enorme

Os adversários automáticos do Anthem são, no mínimo, idiotas pois a sua inteligência artificial de combate é ineficaz. A mesma passa por atacar directamente o jogador sem estratégia ou ficar parado no mesmo sítio. A verdade é que a experiência é bastante estimulante visualmente por causa dos efeitos especiais. Qualquer jogo que ofereça a possibilidade de disparar lasers e voar num fato espacial é sempre bem-vindo.

O The Division 2 não consegue alcançar nem de perto esse espetáculo visual mas excede o Anthem na inteligência dos inimigos. Os adversários são agressivos, estratégicos e vão dificultar-te a vida sempre que puderem. Visto que tens 4 facções com habilidades diferentes, o jogador sente-se em constante perigo. Uns adversários podem bombardear-te com explosivos enquanto outros correm na tua direcção.

Existem ainda facções que te enviam carros telecomandos com explosivos, para não falar da chuva de tiros constante. É um ambiente caótico e frenético mas super divertido de se jogar.

3 - Recompensas que fazem diferença

O sistema de loot do Anthem está a sofrer bastantes críticas por ser escasso e irrelevante. Inclusive há uns dias um jogador descobriu um bug que faz com que o teu avatar tenha mais pontos de vida se remover a armadura. É simplesmente hilariante o quão irrelevantes são as recompensas no jogo. Assim sendo, um jogo que não recompensa de forma apropriada o jogador vai perdê-lo rapidamente.

O The Division 2 é exactamente o contrário pois o jogador está constantemente a ser bombardeado com recursos. Ao início a escolha de equipamento pode ser simples mas em níveis mais altos vais ter de escolher bem os complementos que queres.

Estas escolhas irão afectar a jogabilidade pois cada arma tem melhorias diferentes que podem ou não ser úteis. Tudo depende do teu estilo de jogo e de como abordas as diferentes missões.

4 - Missões interessantes e com conteúdo diversificado

Um dos maiores problemas do Anthem é mesmo a sua mecânica base de funcionamento de missões. Uma missão típica consiste no mesmo: voar até certo sítio, cumprir o objectivo, voltar à base, repetir até à náusea.

Qualquer jogo vai ter um tema comum nas suas missões mas não há desculpa para que sejam repetitivas. Estamos a falar de um mundo de ficção cientifica com fatos espaciais. Certamente existe potencial para haver mais variedade do que voar de um lado para o o outro.

É claro que a natureza destes jogos é aborrecida na sua essência: é só disparar contra os inimigos. No entanto, a maneira como o fazes no The Division 2 é crucial. Há missões em que tens de utilizar o sistema de cobertura de forma inteligente ou desenvolver estratégias. Não podes simplesmente rebentar com os inimigos todos de uma vez como o Stallone no Rambo.

5 - Um sistema PvP assustador no bom sentido

Um dos sistemas inovadores que o The Division 2 introduziu são das Dark Zones. Estes são locais onde jogadores podem trabalhar em equipa para enfrentar inimigos poderosos mas também podem trair-se.

Neste modo, a qualquer momento outro jogador pode atacar-te do nada e ficar com os recursos que reuniste. É um ambiente onde a tensão é de cortar à faca e uma mecânica única raramente bem executada em jogos.

Com jogos como Fortnite e Apex Legends a conquistar milhões, a Bioware decidiu não colocar um modo jogador vs jogador no Anthem. Isto faria sentido se o conteúdo actual fosse suficiente para manter os jogadores entretidos, o que não é.

Assim sendo, a Bioware deu um irónico tiro no pé ao não permitir um modo de competição ou cooperação entre jogadores. Este é mais um aspecto em que o The Division 2 simplesmente superou o Anthem.

A partir desta lista, podemos facilmente concluir que o Anthem é um jogo desenvolvido a pensar no vislumbre visual dos cenários. Certamente o foco não foi na sua jogabilidade ou introdução de conceitos inovadores na sua mecânica.

O The Division 2 é uma sequela que mellhorou o seu antecessor em aspectos cruciais. Além disso introduz conceitos novos, possui um sistema de combate complexo e recompensa os jogadores pelo seu esforço após eliminar inimigos inteligentes que desenvolvem estratégias.

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António Guimarães
António Guimarães
Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.