Numa recente entrevista ao site The Verge, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, mostrou-se pouco otimista sobre as probabilidades de o Twitter, agora chamado de X, alcançar seu potencial desde que Elon Musk assumiu o controlo da rede social.
Nas suas respostas, Zuckerberg não pareceu menosprezar as capacidades de mudanças de Musk e os seus investimentos na plataforma, no entanto, ele expressou dúvidas quanto a se essas iniciativas estão no rumo certo.
Para Zuckerberg, Twitter precisava de mudanças e Musk as trouxe, mas...
Numa entrevista com Alex Heath do The Verge, o CEO da Meta revelou que, na altura em que Musk anunciou a compra do Twitter, ele acolheu com satisfação a diversidade dos empreendedores e viu um potencial de mudança numa empresa que sentia já estar em dificuldades.
"Mas acho que o Twitter estava a arrastar-se por um tempo antes de Elon chegar, e acho que a taxa de mudança no produto foi muito lenta. Então, simplesmente não parecia que eles estavam na trajetória que maximizaria seu potencial. Com a chegada de Elon, acho que certamente houve uma oportunidade de mudar as coisas e ele mudou", afirmou Zuckerberg".
De facto, as mudanças introduzidas por Musk na rede social foram muito além da simples alteração do nome. Após adquirir a plataforma, o empresário bilionário demitiu milhares de funcionários, alterou a liderança, implementou novas formas de monetização das publicações e passou a oferecer a marca azul (anteriormente um processo de verificação de conta) em contas premium pagas.
Além disso, Musk parece desejar transformar o antigo Twitter em uma "rede social para tudo". Recentemente, ele anunciou que a plataforma permitirá chamadas de áudio e vídeo. Noutra ocasião, incentivou jornalistas a publicarem os seus artigos diretamente no X. E já declarou que a plataforma poderá solicitar currículos e históricos escolares para futuras oportunidades de trabalho e networking.
Para Zuckerberg, Musk foi, sem dúvidas, um “agente de mudança”. No entanto, ele questiona aonde o empresário pretende chegar e como as suas ações divisivas poderiam afetar o futuro do X.
“Acho que ainda não está claro exatamente em que trajetória está. Mas acho que ele tem polarizado bastante, então a chance de atingir todo o potencial na trajetória em que está é... não sei. Acho que provavelmente estou menos otimista ou apenas acho que há menos chances agora do que havia antes", admitiu o CEO da Meta.
Em julho, a Meta lançou o Threads, uma plataforma concorrente do X. Durante a entrevista, Zuckerberg disse ao The Verge que o raciocínio por trás da aplicação era criar uma plataforma alternativa que fosse menos “negativa e crítica” que o X.
Recentemente, a União Europeia publicou um relatório que revelou que o X têm a maior taxa de desinformação e publicações consideradas ilegais na UE. Em meio à implementação da Lei dos Serviços Digitais (DSA), a UE emitiu alerta a Elon Musk sobre a necessidade de cumprir as novas leis de combate às notícias falsas e à propaganda russa.
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