Youtubers são vítimas de extorsão por direitos de autor

António Guimarães
António Guimarães
Tempo de leitura: 2 min.

O Youtube é a plataforma de partilha de vídeos mais popular do mundo inteiro. Horas e horas de conteúdo são adicionadas a cada segundo.

Como é óbvio, é completamente impossível analisar cada vídeo manualmente. Nesse sentido, a Google teve de criar um sistema automático de revisão. Infelizmente esse sistema está a ser constantemente explorado.

Considerando que não tens seres humanos a analisar todos os vídeos, é fácil enganar o Youtube com reivindicações de direitos de autor. Certamente já ouviste histórias e de vez em quando rebenta um escândalo relacionado com o assunto.

Algumas empresas extorquem Youtubers com falsas reinvindicações

Foi o que aconteceu ao pequeno Youtuber ObbyRaidz, cujo caso teve atenção do site Extremetech.

Certo dia, o criador recebeu duas alegações de violação de direitos de autor por parte de uma empresa chamada ViperHCF. O grande problema aqui é que de acordo com o sistema do Youtube, se recebes três alegações, o teu canal pode ser apagado.

Estes chamados "strikes" de direitos de autor expiram durante uns meses. Contudo, a ViperHCF ameaçou enviar a terceira alegação caso o ObbyRaidz caso o mesmo não pagasse. A suposta empresa contactou o Youtuber no Twitter pedindo 150 dólares em troca da remoção das alegações.

Até à data, o criador contactou o suporte do Youtube e já respondeu às alegações numa tentativa de terminar esta situação mas sem efeito. É a consequência de haver demasiadas pessoas a utilizar a plataforma. É impossível responder manualmente a todos.

Como é que isto é permitido?

Em primeiro lugar, temos de explicar como funcionam os direitos de autor no Youtube. Nos Estados Unidos existe uma lei chamada "Fair Use". Essa lei permite que criadores utilizem no seu vídeo partes de filmes, músicas ou outro tipo de propriedade intelectual. A regra é que tem de haver algum tipo de comentário ou análise, não pode ser simplesmente um filme inteiro, por exemplo.

Embora não se saiba exactamente como essa lei se aplica fora dos Estados Unidos, por regra geral, costuma ser assim. Todavia, devido a termos um sistema de revisão automático, há reivindicações que são erróneas.

Para um sistema automático, pode ser difícil distinguir uma imagem perfeitamente legal de uma que viole as normas do Youtube. Caso alguém se queira aproveitar, também o pode fazer pois a maioria dos criadores não tem qualquer defesa contra as alegações, sejam verdadeiras ou fraudulentas.

Em suma, a Google tem de perceber que vídeos são demasiado subjectivos para serem avaliados por máquinas. Contudo, é muito difícil inventar um sistema alternativo que não requira centenas de horas humanas a analisar vídeos de gatos para ver se estão a violar alguma regra do site.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.