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Yorn, Moche e WTF: tarifários para jovens ainda fazem sentido em 2025?

Os tarifários "jovens" da Vodafone, MEO e NOS são hoje mais caros e menos vantajosos que as suas próprias marcas low-cost (Amigo, Uzo, Woo) e a DIGI.

yorn

Muitos de nós crescemos com eles. Foram o nosso primeiro tarifário, a nossa porta de entrada para a internet móvel e para a independência nas comunicações. A Yorn (da Vodafone), a Moche (da MEO) e a WTF (da NOS) foram, durante anos, os reis e senhores dos telemóveis dos jovens em Portugal.

Mas em pleno 2025, com a revolução dos preços e dos muitos dados móveis trazida pelas marcas low-cost e pela entrada da DIGI, a verdade tem de ser dita: estes tarifários, na sua maioria, deixaram de fazer qualquer sentido. O modelo de negócio da Yorn, Moche e WTF assentava numa premissa que, há uns anos, era ouro: oferecer dados "à borla" para as aplicações mais populares.

Numa altura em que os plafonds de dados gerais eram de 1 GB, 2 GB ou 5 GB, ter tráfego gratuito para o Instagram, TikTok, WhatsApp ou Spotify era um luxo e uma proposta de valor imbatível. A isto juntava-se o branding "jovem" e a restrição de idade até aos 25 anos que criava um sentimento de exclusividade.

Mercado mudou radicalmente com a DIGI e as low-cost

O problema é que o mercado mudou radicalmente, mas estes tarifários nem por isso. Hoje, as próprias marcas "low-cost" das operadoras-mãe, a Amigo (Vodafone), a UZO (MEO) e a WOO (NOS), fornecem dados mais que suficientes por preços muito competitivos e sem restrições de idade.

Como tal, deixou de fazer sentido apostar em tarifários da Yorn, Moche ou WTF que hoje se focam em muitos dados móveis com preços superiores e algumas ofertas pelo meio, como bilhetes para o cinema ou serviços de streaming. No final do mês, o que interessa ao cliente, jovem ou não, é pagar menos.

A entrada da DIGI no mercado móvel acabou por ser crucial para a mudança. Com ofertas agressivas, como tarifários com 50 GB ou 100 GB de dados e chamadas ilimitadas por valores que rondam os 4 a 7 euros, a comparação com os preços praticados pela Yorn, Moche e WTF, muitas vezes acima dos 12 ou 16 euros para pacotes, torna-se quase injusta.

Força da marca e ofertas extra ainda podem fidelizar clientes

Então, por que é que estes tarifários continuam a existir e a ter uma base de clientes considerável? É difícil dizer, mas existem duas boas razões: a força da marca e a atração por alguns perks extra que ainda oferecem, como descontos em bilhetes de cinema ou em parceiros.

Cabe a cada um fazer as contas e perceber se esses "brindes" ocasionais compensam pagar mais todos os meses por um serviço que, na sua essência, é inferior às alternativas mais baratas. A não ser que valorizes muito um desconto específico que só encontras na Yorn, Moche ou WTF, e se procuras o máximo de dados pelo mínimo de dinheiro, em 2025 compensa muito mais olhar para as ofertas da WOO, UZO, Amigo ou da DIGI.

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está no 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 200 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como o Mobile World Congress e IFA. brunocoelho@4gnews.pt